As mulheres já conquistaram espaços em setores dominados por homens, como a política ou a justiça, e também leis fundamentais para coibir a violência. No entanto, apesar dos avanços, os números mostram que há muito ainda para buscar quando o assunto é igualdade de gênero e fim da violência física e sexual. Separamos 3 pesquisas divulgadas pelo Instituto Patrícia Galvão nos últimos dois anos, que ilustram os principais entraves da população feminina brasileira em busca da equidade, segurança e respeito.
*As pesquisas abaixo podem ser acessadas no site do Instituto Patrícia Galvão
60% das mulheres brasileira conhecem ao menos uma vítima de violência doméstica e 36% declararam já terem elas próprias sofrido alguma forma de violência doméstica, sendo a violência psicológica e a violência física as formas mais relatadas; uma em cada dez declara ter sofrido violência sexual.
A pesquisa Redes de apoio e saídas institucionais para mulheres em situação de violência doméstica no Brasil, realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e Ipec, com apoio do Instituto Beja, aponta também que uma ampla maioria dos brasileiros considera que as pessoas devem dar apoio/denunciar ao perceberem que uma mulher está sofrendo violência.
Sofrer x praticar: a conta está longe de fechar! Enquanto 45% das mulheres dizem que já tiveram o corpo tocado sem seu consentimento em local público, apenas 5% dos homens admitem já ter feito isso.
Ainda, 32% das mulheres afirmam ter passado por situação de importunação/assédio sexual no transporte público, mas nenhum homem reconhece já haver praticado esse tipo de violência. A Pesquisa inédita realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e Ipec, com apoio da Uber, revela também que 31% das mulheres declaram já haver sofrido tentativa ou abuso sexual.
57% dos brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de ameaça de morte pelo atual parceiro ou ex; 37% conhecem uma mulher que sofreu tentativa ou foi vítima de feminicídio íntimo. É o que mostra o levantamento Percepções da população brasileira sobre feminicídio, realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e Locomotiva (novembro/2021)
93% dos entrevistados concordam que a ameaça de morte é uma forma de violência psicológica tão ou mais grave que a violência física. 97% concordam que mulheres que permanecem em relações violentas estão correndo risco de serem mortas e para 87%, terminar a relação é a melhor forma de acabar com o ciclo da violência doméstica e evitar o feminicídio.
Ao mesmo tempo, o momento percebido como de maior risco de assassinato da mulher que sofre violência doméstica pelo parceiro é justamente o do rompimento da relação para 49%, embora para 28% seja a qualquer momento.
Fonte: Agência Patrícia Galvão
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