Segundo membros do TSE, o gabinete de Alexandre de Moraes já tinha intenção de demitir o assessor após as eleições, por motivos de desempenho nas funções e pela relação ruim de Machado com colegas. As trocas futuras de outros servidores também estavam nos planos do TSE, neste sentido.
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Alexandre Gomes Machado teria atrapalhado o trabalho do TSE em relação a ação apresentada pela campanha de Jair Bolsonaro (PL) sobre suposto boicote de rádios às inserções do presidente. O ex-assessor trabalhava em setor relacionado com o tema, e após ter sido detectada sua atuação política, foi exonerado.
Machado alega falhas na fiscalização
Agora, após a exoneração, Machado afirmou à Polícia Federal que acredita ter sido demitido porque informou ao TSE “reiteradamente” desde 2018 que “existem falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções da propaganda eleitoral.”
Machado disse que procurou a PF por ter se sentido vítima de abuso de autoridade e temer por retaliações após ter denunciado “problemas na fiscalização por parte do TSE”.
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Segundo o ex-servidor, ele atuava na coordenação do “pool” de emissoras do TSE, serviço que reúne meios de distribuição das propagandas eleitorais obrigatórias.
Nota do TSE
Sobre a exoneração de Machado, a corte divulgou breve nota:
“Em virtude do período eleitoral, a gestão do TSE vem realizando alterações gradativas em sua equipe.”
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