“O avião Sasemar 101, encarregado das buscas, localizou uma embarcação que parece ser aquela que procuramos, porque, do ar, (os socorristas) viram que pode haver nela cerca de 200 pessoas a bordo”, disse a porta-voz.
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“Ainda não podemos confirmar 100%, mas provavelmente é o mesmo”, acrescentou.
Segundo a mesma fonte, uma embarcação do Salvamento Marítimo já partiu para socorrer a embarcação, que se encontra a 71 milhas náuticas a sul da ilha de Gran Canaria.
Um navio mercante que estava nas proximidades também foi solicitado a se aproximar da área.
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Pouco antes do avistamento, as equipes de resgate espanholas haviam indicado no Twitter que estavam tentando localizar esta embarcação que havia se perdido quase duas semanas antes no Oceano Atlântico.
Segundo a ONG espanhola Caminando Fronteras, que baseia seus dados em depoimentos de migrantes ou de seus familiares, a embarcação procurada partiu em 27 de junho da cidade senegalesa de Kafountine, localizada a cerca de 1.700 quilômetros da costa das Ilhas Canárias.
“Os familiares também nos avisaram da perda dessa embarcação quando passaram dias e não tiveram notícias”, disse a coordenadora da ONG, Helena Maleno, em mensagem de áudio.
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Esse não é, porém, o único desaparecimento que a organização alerta. A ONG também pediu ajuda para a busca de outras duas embarcações. Segundo as informações de que dispõe, ambas também deixaram a costa senegalesa em 23 de junho: uma, com 65 passageiros; e outra, com entre 50 e 60 pessoas a bordo.
“Eles estão na água há muitos dias, mas são embarcações de madeira e ainda temos tempo para ter bons meios de resgate para salvar vidas”, disse Maleno.
Distúrbios no Senegal
País com reputação estável, o Senegal registrou em junho seus piores distúrbios em anos, depois que o líder da oposição, Ousmane Sonko, foi condenado a dois anos de prisão por “corromper” uma jovem, o que o impede de disputar as eleições presidenciais de 2024.
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A decisão gerou protestos, que também rejeitaram a candidatura do presidente Macky Sall a um eventual terceiro mandato, que deixou pelo menos 16 mortos neste país da África Ocidental.
Por fim, Sall decidiu, em 3 de julho, que não concorreria à reeleição, diminuindo um pouco a tensão em um clima político muito tenso.
A Espanha é uma das principais portas de entrada de migrantes clandestinos na Europa, embora em muitas ocasiões seja apenas uma parada em sua jornada para outros países da UE.
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De acordo com os últimos números do Ministério do Interior, 12.704 migrantes chegaram à Espanha de forma irregular no primeiro semestre do ano, a maioria (7.213) através das Ilhas Canárias, o que representa uma diminuição de 11,35% face ao mesmo período do ano anterior.
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