SPFW presencial trouxe novos locais de desfile, corpos diversos e marca cinquentona

O maior evento de moda do hemisfério Sul, a São Paulo Fashion Week (SPFW), agitou o mundo fashion durante a semana. O evento, que termina neste domingo (20), é considerado um marco pós pandêmico, já que quase todos os desfiles rolaram de forma presencial. As duas edições passadas foram digitais, para cumprir os protocolos de distanciamento social impostos pela pandemia de covid-19. Mesmo com a aposta no presencial este ano, cinco marcas escolheram se apresentar de forma digital.  A gente te conta o que mais se destacou neste mega evento!

Publicado por
Gabriela Gonçalves

Os planos que foram traçados pelas marcas antes da pandemia de covid-19 chegar puderam sair do papel: o diretor criativo da São Paulo Fashion Week , Paulo Borges, quis transformar a semana de desfiles em um festival, levando os desfiles para as ruas da Mooca. Por isso, a edição 2022 foi batizada de SPFW + IN.PACTOS.

A proposta foi experimentada em junho deste ano, com a semana de moda fora do emblemático Parque do Ibirapuera, como costuma acontecer. No meio do ano, os poucos desfiles presenciais também rolaram no Komplexo Templo – um galpão na Mooca (bairro da região central) – e no shopping Iguatemi, como acontece agora.

A novidade desta edição foi inclusão da Sala São Paulo – um dos locais de concerto mais charmosos da cidade – no circuito de desfiles, que recebeu nada mais e nada menos do que a  Misci – marca masculina que faz roupas inspiradas no feminino – de Airon Martin, que arrasou com uma coleção inspirada no automobilismo.  (GQ)

A cinquentona da vez

A Ellus está completando 50 anos e decidiu levar seu desfile para o luxuoso hotel Rosewood. Demais!

+++ Um pouco mais acessível +++

Foi-se o tempo em que o SPFW era um evento inacessível para meros mortais, já que os desfiles recebiam apenas convidados. Nesta edição foi possível comprar ingressos, para diferentes tipos de “rolês” dentro do evento (alguns não davam acesso aos desfiles, creia!). O bilhete mais completo custava R$1.200 e esgotou rapidamente. 

Para o criador do SPFW, os pontos altos desta edição foram os esforços para evitar o desperdício têxtil na fase da produção do vestuário e a “maneira com a qual a moda tem trabalhado as pautas identitárias, incluindo minorias raciais e sexuais tanto nas passarelas quanto na produção”. 

Corpos diversos

A inclusão de todos os tipos de corpos na passarela é uma tendência. Mesmo em passos lentos, é possível ver essa transformação nas passarelas. Nesta edição do evento de moda não foi diferente:  teve modelo gordo, sim! Houve também a chamada “quebra de gênero”, com uma coleção de alfaiataria sem gênero apresentada pela marca Anacê, na sexta-feira (18). 

Foto: Reprodução Instagram

Pela primeira vez

Três marcas novas estiveram nas passarelas do SPFW. São elas:

  • Maurício Duarte, que é inspirada por comunidades indígenas do Amazonas
  • Buzina, que terá brilho, exagero e feminilidade
  • Heloisa Faria, que terá tecidos vintages e psicodélicos.

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Gabriela Gonçalves

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