No último domingo (8), milhares de bolsonaristas radicais invadiram e depredaram os edifícios da Presidência da República, do Congresso Nacional e do STF em Brasília.
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A PGR citou um vídeo postado por Bolsonaro em suas redes sociais em 10 de janeiro, dois dias depois dos ataques, questionando o resultado eleitoral de outubro.
Em nota enviada à AFP nesta sexta-feira (13), a defesa do ex-presidente nega qualquer participação com os atos de vandalismo, pelos quais mais de 1.800 pessoas foram presas em Brasília.
“Ele (Bolsonaro) jamais teve qualquer relação ou participação com esses movimentos”, afirma a nota, que acusa “infiltrados” pelos atos de violência.
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Contudo, para a PGR existem elementos que sustentam a inclusão de Bolsonaro no inquérito. O ex-presidente nunca reconheceu a vitória de Lula nas urnas e deixou o país antes do fim do mandato e não participou da cerimônia de transição.
A PGR considera que Bolsonaro “teria feito incitação pública à prática de crime” ao postar o vídeo.
Apesar de a publicação ter sido feita dois dias depois dos ataques, em 10 de janeiro, e apagada um dia depois, a PGR acredita que a conduta do ex-presidente deve ser investigada porque revela uma “conexão probatória” entre os eventos.
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“Há uma relação entre o vídeo e os ataques, é um indício que pode sugerir um envolvimento maior de Bolsonaro”, disse à AFP Mario Schapiro, professor de direito na Fundação Getulio Vargas (FGV) em São Paulo.
Alexandre de Moraes informou que o pedido de interrogatório de Bolsonaro, que encontra-se nos Estados Unidos, será analisado oportunamente.
Sem extradição
O ministro da Justiça de Lula, Flávio Dino, disse nesta sexta (13) que não realizaram trâmites para pedir a extradição do ex-mandatário.
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O professor da FGV disse que, uma vez que o STF decida se abre a investigação, Bolsonaro poderia receber uma ordem de prisão se houvesse indícios de participação e sua liberdade pusesse em “risco” o processo.
Schapiro acrescentou que, neste momento, não vê motivos para pedir sua extradição.
(com AFP)
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