Créditos da imagem: AFP

Tensão entre China e EUA: simulações militares em torno de Taiwan se encerram após 3 dias

A China informou segunda-feira (10) que "completou com sucesso" os três dias de manobras militares ao redor de Taiwan, uma operação que mobilizou dezenas de aviões para simular ataques e o "bloqueio aéreo" da ilha, que o governo chinês quer incluir ao seu território. Os exercícios foram uma resposta de Pequim à reunião da semana passada entre a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy.

Antes do encontro com representante do Congresso norte-americano, a China advertiu Taiwan – um território até agora independente – que a visita provocaria uma resposta contundente.

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Após três dias de manobras, exército chinês declarou que “completou com sucesso” os exercícios que receberam o nome “Espada Conjunta”.

O Comando do Cenário do Leste do Exército de Libertação Popular (EPL) afirmou em um comunicado que as manobras “testaram por completo a capacidade de combate conjunta integrada de vários setores do exército em condições de combate”.

Durante as manobras, Pequim simulou ataques seletivos contra Taiwan, assim como o cerco da ilha, incluindo seu “isolamento”. A imprensa estatal afirmou que dezenas de aviões executaram um “bloqueio aéreo”. Um porta-aviões chinês, o “Shandong”, também participou nos exercícios.

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E os EUA nessa história?

O governo dos Estados Unidos, que pediu sinais de moderação à China, enviou nesta segunda-feira (10) o destróier de mísseis guiados USS Milius para uma área em disputa no Mar da China Meridional.

“Esta operação de liberdade de navegação respeitou os direitos, liberdades e usos legítimos do mar”, afirmou a Marinha americana em um comunicado. O destróier americano navegou perto das ilhas Spratly, um arquipélago situado a 1.300 quilômetros de Taiwan, reivindicado por China, Taiwan, Filipinas, Vietnã, Malásia e Brunei.

A China criticou o que chamou de “invasão ilegal” do USS Milius a suas águas territoriais.

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O porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, advertiu nesta segunda-feira que “a independência de Taiwan e a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan são coisas mutuamente excludentes”. Ele também culpou o governo taiwanês e “forças estrangeiras” não identificadas pelas tensões.

“Se queremos proteger a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, devemos devemos nos opor de modo veemente a qualquer forma de separatismo taiwanês”, disse Wenbin.

A Rússia, aliada da China, defendeu as manobras. Uma fonte do Kremlin afirmou que Pequim tem o “direito soberano” de responder ao que Moscou chamou de “provocações”.

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(Fonte: AFP)

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