O algoritmo do TikTok e seu sistema de recomendações fazem desta rede social uma plataforma para a disseminação de teorias da conspiração sobre o Titanic. O naufrágio do navio em abril de 1912 voltou a ser assunto após a implosão de um submersível, confirmada na quinta-feira (22).
A trágica história do Titanic inspirou tanto Hollywood, quanto a literatura. Agora, as teorias sobre o transatlântico são disseminadas no TikTok.
“O Titanic nunca afundou de verdade”. Um vídeo na rede social começa com essa afirmação. O conteúdo já tem quase 1 milhão de visualizações e traz a teoria de que o Titanic foi trocado por outro transatlântico, o Olympic, que teria sido afundado propositalmente como parte de uma fraude de seguros.
@labirintohistorico Acredita nisso sobre o Titanic? . . . . . . #curiosidades #historia #conspiracao #teoria #descoberta #segredo #titanic #filme ♬ original sound – Labirinto Historico
O TikTok alega que pretende remover conteúdos que possam causar “danos significativos” às pessoas, ou à sociedade (como violência ou assédio), mas permite a circulação de outros tipos de informações aparentemente inofensivas. Segundo pesquisadores ouvidos pela AFP, o grande dilema das redes sociais é combater a desinformação sem dar aos usuários a impressão de cercear sua liberdade de expressão.
Os historiadores temem que as teorias da conspiração afetem toda uma geração de jovens, para quem plataformas como o TikTok costumam ser a única fonte de informação. “O triste é que muitos dos que seguem essas coisas são adolescentes”, lamenta Charles A. Haas, fundador da Titanic International Society, que se dedica a pesquisas sobre o transatlântico. “Eles não estão absolutamente dispostos a fazer uma investigação” de verdade, afirmou Haas nas colunas do jornal The New York Times.
Os jovens se informam cada vez mais pelos influenciadores do TikTok, e não pela mídia, de acordo com um relatório publicado em junho pelo Instituto Reuters, com sede no Reino Unido. De acordo com este relatório, 55% dos usuários do TikTok e Snapchat e 52% dos usuários do Instagram se informam com “personalidades” da Internet, em comparação com uma faixa entre 33% e 42% que preferem as contas dos veículos de comunicação e de jornalistas nessas mesmas plataformas.
(Com AFP)
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