O fato promete ser um daqueles momentos históricos que deixam o país em suspense.
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Embora esta seja a quarta acusação criminal contra ele poucos meses, o favorito para conquistar a indicação republicana nas eleições de 2024 deve enfrentar desta vez a exigência de comparecer a uma prisão superlotada e insalubre, diante das câmeras dos meios de comunicação de todo o mundo.
“É incrível. Vou para Atlanta, Geórgia, na quinta-feira para ser PRESO por um promotor de esquerda radical”, protestou o empresário em sua plataforma Truth Social. Ele também chamou o caso de “interferência eleitoral”.
A estadia na prisão será, no entanto, breve. Assim como os demais 18 acusados, Trump deve ser detido e imediatamente liberado, após o pagamento de uma fiança, fixada em 200.000 dólares no seu caso.
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A norma prevê que as impressões digitais do ex-presidente sejam registradas.
O ex-chefe de Estado também pode ser obrigado a passar pela “mugshot”, a fotografia dos réus, uma prática que ele conseguiu evitar nas ocasiões anteriores em que se apresentou às autoridades devido a sua notoriedade.
Patrick Labat, xerife do condado de Fulton, que inclui Atlanta, pretende tratar todos os acusados da mesma maneira. “Não importa a condição, estaremos prontos para fotografá-los”, disse.
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“Uma farsa”
Os demais acusados no processo contra Trump que se apresentaram às autoridades foram fotografados e as imagens estão circulando em programas de televisão e nas redes sociais.
Entre eles está o ex-prefeito de Nova York e ex-advogado de Trump Rudy Giuliani, que teve a fiança fixada em 150.000 dólares e que compareceu na quarta-feira à prisão Rice Street.
“Esta acusação é uma farsa”, declarou Giuliani ao sair da prisão.
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Os 19 acusados têm até meio-dia (13H00 de Brasília) de sexta-feira para que se entreguem às autoridades. Eles devem retornar ao tribunal na semana de 5 de setembro, presumivelmente para anunciar se se declaram culpados ou não.
A procuradora Fani Willis deseja que o julgamento aconteça em março de 2024.
Um grande júri nomeado pela procuradora indiciou Trump e outras 18 pessoas por tentativa ilegalmente de obter a anulação do resultado das eleições de 2020, vencidas neste estado-chave pelo atual presidente, o democrata Joe Biden.
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Trump é alvo de quatro acusações criminais, duas a nível federal, em Washington e na Flórida (sudeste), uma no estado de Nova York e outra na Geórgia.
Cada processo, no entanto, rende milhões de dólares em doações, feitas por apoiadores convencidos de que ele é vítima de uma “caça às bruxas”.
Todos os acusados no caso da Geórgia são processados com base em uma lei de combate ao crime organizado, que prevê penas de cinco a vinte anos de prisão.
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