Últimas da Ucrânia: ataques russos a várias cidades deixam ao menos 25 mortos

Vários ataques russos com mísseis e drones atingiram na madrugada desta sexta-feira (28) diferentes cidades da Ucrânia, incluindo a capital Kiev, e provocaram pelo menos 26 mortes. O governo ucraniano informou que uma forte contraofensiva está chegando. Estes foram os primeiros ataques em larga escala contra a Ucrânia o desde o início de março.

Publicado por
Marcela Guimarães

*o número de mortos foi atualizado às 16h08 desta sexta (28)

A ucrânia se preparava para uma operação que, segundo o governo, irá retomar territórios ocupados pela Rússia.

“Os preparativos estão chegando ao fim”, afirmou o ministro ucraniano da Defesa, Oleksiy Reznikov, em referência à contraofensiva aguardada há vários meses. “O equipamento foi prometido, preparado e parcialmente entregue. Em um sentido amplo, estamos prontos”, acrescentou sobre o envio de tanques, blindados e munições enviados por outros países ocidentais.

“O terror russo deve ter uma resposta adequada da Ucrânia e do mundo. E isso vai acontecer”, afirmou o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, após os ataques. “Cada ataque deste tipo, cada ato maligno contra nosso país e nosso povo aproxima o Estado terrorista do fracasso e da punição”, acrescentou Zelensky no Telegram.

Como foram os ataques?

Na cidade de Uman, uma cidade de 80 mil habitantes na região central do país, ao menos 14 pessoas morreram quando um míssil atingiu um prédio residencial, segundo o ministério do Interior.

“Quero ver meus filhos, vivos ou mortos”, declarou à AFP Dmitri, um homem de 33 anos que mora no edifício atingido pelo ataque durante a madrugada. “Eles estão sob os escombros”, acrescentou.

Ataques contra Kiev e Dnipro

Em Dnipro, no centro-leste da Ucrânia, outro ataque deixou dois mortos, uma mulher e um menino de três anos, afirmou o prefeito Boris Filatov.

Segundo o exército ucraniano “21 mísseis de cruzeiro de um total de 23 e dois drones” foram derrubados pelo país.

Em Kiev, uma linha de energia elétrica foi cortada ao ser atingida por destroços que também provocaram o bloqueio de uma estrada, segundo as autoridades.

Em Ukrainka, próxima da capital, os estilhaços de um míssil atingiram um edifício. Uma menina ficou ferida e foi hospitalizada, segundo o governador Ruslan Kravchenko.

A capital Kiev não era alvo de ataques com mísseis há mais de 50 dias.

Uma contraofensiva aguardada

A contraofensiva do exército ucraniano, apoiada pelos equipamentos enviados pelas potências ocidentais, significa que a guerra entrará em uma nova fase, mais de um ano após o início da invasão, em fevereiro de 2022.

A Ucrânia afirma que vai libertar áreas sob controle russo, que representam quase 20% de seu território.

(Fonte: AFP)

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Marcela Guimarães

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