Soledar, outrora conhecida por suas minas de sal, está localizada perto da cidade de Bakhmut, que as tropas russas tentam conquistar há meses. A conquista de Soledar pelas forças russas significaria uma vitória militar simbólica para Moscou, após vários reveses no terreno desde setembro.
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Em entrevista à AFP nesta quarta (11), o conselheiro da Presidência ucraniana, Mikhailo Podoliak, afirmou que os combates pelo controle de Soledar e de Bakhmut, no leste, são os “mais sangrentos” já travados pelas forças russas e ucranianas desde o início da invasão, em fevereiro de 2022.
“Tudo o que está acontecendo hoje em Bakhmut, ou Soledar, é o cenário mais sangrento desta guerra”, disse ele.
Segundo Podoliak, as perdas militares russas são “enormes”, e “o Exército ucraniano também está perdendo tropas”. Sem mencionar as baixas ucranianas, ele estimou que os russos perderam “de 10.000 a 15.000 soldados, talvez mais” nesta área, desde o verão.
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Negação de Kiev
As autoridades ucranianas confirmaram que houve “combates pesados” na quarta-feira (11), mas nenhum avanço das forças russas em Soledar, depois de o grupo mercenário Wagner reivindicar o controle da cidade do leste ucraniano.
Pouco antes, o governo russo já havia demonstrado prudência sobre a situação no terreno.
“Não há necessidade de pressa. Vamos esperar por declarações oficiais”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, a jornalistas, acrescentando, no entanto, que há “uma dinâmica positiva no avanço” das forças russas.
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As declarações do Exército russo contradizem as do chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, que reivindicou o controle de Soledar na manhã desta quarta-feira (11). Ele acrescentou, porém, que os combates continuam no centro da pequena cidade, que tinha pouco mais de 10 mil habitantes antes da guerra.
O Exército ucraniano negou imediatamente esta informação e garantiu que a cidade de Soledar “foi, é e sempre será ucraniana”.
Encontro na Turquia
Na esfera diplomática, os encarregados de direitos humanos de Rússia e de Ucrânia, Dmytro Lubinets e Tatiana Moskalkova se reuniram na terça-feira (10), na Turquia.
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Os dois funcionários “abordaram uma grande diversidade de problemas humanitários e casos relacionados à assistência em direitos humanos aos cidadãos de ambos os países”, disse Lubinets nas redes sociais.
Mais ataques
Em outras partes da Ucrânia, os ataques continuaram.
Bombardeios russos caíram sobre Kharkiv, no nordeste, na noite de terça-feira (10), horas depois de uma visita surpresa da chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock.
A ministra anunciou um “novo pacote” de ajuda que inclui 20 milhões de euros para a remoção de minas e um fundo para desenvolver o acesso à rede de Internet por satélite Starlink.
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Baerbock também disse que a Alemanha entregará novos geradores para a infraestrutura energética ucraniana, que é alvo de bombardeios sistemáticos da Rússia.
(com AFP)
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