Últimas da Ucrânia: Ucrânia denuncia novo grande ataque russo contra instalações de energia

A Rússia iniciou nesta sexta-feira (10) um "ataque em larga escala" com mísseis e drones explosivos, que atingiram várias instalações de energia na Ucrânia, após uma viagem do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por vários países europeus para pedir mais armas aos aliados.

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Gabriela Gonçalves

De acordo com a Força Aérea da Ucrânia, a Rússia disparou “seis mísseis de cruzeiro Kalibr, até 35 mísseis guiados antiaéreos S-300 nas regiões de Kharkiv e Zaporizhzhia e utilizou sete drones Shahed” da fabricação iraniana.

“Cinco mísseis de cruzeiro Kalibr e cinco drones Shahed foram destruídos” pela defesa antiaérea, afirmou o exército em um comunicado.

“O inimigo atacou cidades e infraestruturas básicas da Ucrânia”, acrescenta a nota.

Até o momento, as autoridades ucranianas não relataram vítimas.

De acordo com o comando do exército ucraniano, dois mísseis de cruzeiro russos sobrevoaram na manhã de sexta-feira a Romênia, país membro da Otan, e a Moldávia, antes de entrar no espaço aéreo da Ucrânia.

Dois projéteis lançados a partir do Mar Negro “atravessaram o espaço aéreo romeno às 8H33 GMT” (5H33 de Brasília), antes de entrar no espaço aéreo ucraniano, afirmou em um comunicado o comandante em chefe do exército ucraniano, Valery Zaluzhny.

A Romênia afirmou que a informação “não estava confirmada” e a Moldávia convocou o embaixador russo para esclarecimentos.

“Cortes preventivos”

O novo ataque russo contra as instalações de energia ucranianas acontece após a visita de Zelensky a Londres e Paris, na quarta-feira, e a Bruxelas, na quinta-feira, para pedir aos aliados europeus mísseis de longo alcance e caças.

Também acontece a poucos dias do primeiro aniversário da invasão russa, que começou em 24 de fevereiro de 2022.

Correspondentes da AFP ouviram explosões em Kiev. As sirenes antiaéreas foram acionadas e os moradores da capital procuraram refúgio nas estações de metrô.

Desde outubro e após várias derrotas no campo de batalha, Moscou ataca com frequência as infraestruturas energéticas ucranianas, o que deixa milhões de pessoas sem luz ou calefação em pleno inverno (hemisfério norte).

A operadora ucraniana Ukrenergo afirmou em um comunicado que “várias infraestruturas de alta tensão foram afetadas nas regiões leste, oeste e sul, o que provocou cortes de energia elétrica em algumas áreas”.

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Gabriela Gonçalves

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