“E a boa notícia é que podemos fracionar essas doses em até cinco partes. Com isso, podemos beneficiar um número maior de pessoas”, disse o ministro da Saúde. A varíola dos macacos tem sinais e sintomas que se caracterizam por lesões e erupções de pele, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.
A importação emergencial do lote foi negociada com o laboratório dinamarquês Bavarian Nordic e intermediada pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
O Brasil registrou o 3º maior número de casos confirmados da doença (6.448), ficando atrás apenas da Espanha (6.947) e dos Estados Unidos (22.616), de acordo com os dados coletados até o último dia 16 pela Organização Mundial da Saúde.
Quem deve receber as vacinas?
Queiroga reforçou que a vacina contra a varíola dos macacos ainda não será oferecida para toda a população e disse que apesar da doença ser “muito prevalente em homens que fazem sexo com outros homens” mas qualquer pessoa que tiver “contato pele com pele ou mucosa com mucosa” com um paciente infectado pode adquiririr a doença. “Temos que deixar bem claro que não é para se estigmatizar ou discriminar” pessoas por elas terem uma doença, completou o ministro.
Entre os grupos específicos que devem receber o imunizante, estão:
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- profissionais de saúde que lidam diretamente com amostras de infectados;
- pessoas que tiveram contato com portadores do vírus.
Outras vacinas à vista
Vacina brasileira
O ministro também comentou que, além da importação emergencial dessas doses, há uma vacina brasileira contra a doença que está em fase de estudos. A candidata para proteger a população tem previsão de estar operando no segundo semestre de 2023.
Segundo Queiroga, o imunizante desenvolvido pelo Instituto Biomanguinhos – ligado à Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) – seria uma alternativa aqui “se houver indicação de vacinação para maiores grupos de pessoas”.
Uso emergencial
O Ministério da Saúde também recebeu autorização emergencial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar o antiviral Tecovirimat, que deve ser utilizado em situações graves e específicas. “O uso é diante de situações onde não temos mais alternativas para esses pacientes”, disse o ministro da Saúde.
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Sobre a vacina
O imunizante da Bavarian Nordic foi desenvolvido há uma década a partir do vírus vaccinia, que é da mesma família que o monkeypox. Pessoas com 40 anos que haviam sido vacinadas durante a infância contra a varíola humana com este imunizante apresentam hoje bom nível de proteção contra a doença.
Nos Estados Unidos, a vacina é conhecida como Jynneos e na Europa, seu nome comercial é Imvanex. (Estado de Minas)
Com informações da Agência Brasil.