O paciente de 41 anos estava hospitalizado em Minas Gerais tinha quadro grave da doença, além de comorbidades. Outros 5 óbitos pela varíola dos macacos foram registrados pela Organização Mundial da Saúde.
O Ministério da Saúde confirmou o óbito de um homem de 41 anos nesta quinta-feira (28) em um hospital público de Belo Horizonte em decorrência da varíola dos macacos ou monkeypox, nome do seu agente viral. Esta foi a primeira morte pela doença registrada fora do continente africano, onde 5 outros óbitos já haviam sido reportados entre 1º de janeiro deste ano e o último dia 27 de julho, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo o Ministério da Saúde, o paciente apresentava baixa imunidade e comorbidades, dentre elas um linfoma (câncer no sistema linfático). Seu quadro de varíola dos macacos se agravou e isso contribuiu para que seu organismo sofresse choque séptico, uma infecção generalizada, que foi definida como a causa de sua morte.
Os principais meios de transmissão da varíola dos macacos são por meio de contato próximo com fluidos corporais, lesões, materiais e gotículas respiratórias que estejam contaminados com o vírus. Mais de 21.000 casos da doença foram registrados no mundo até o momento, de acordo com a OMS.
No Brasil, o número de contaminados pelo vírus monkeypox no Brasil cresceu 75,6% desde a última quinta-feira (21) , segundo o Ministério da Saúde, que já registrou o total de 1.066 infectados em 16 unidades da Federação.
Dois dias antes da primeira vítima no Brasil ser confirmada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia feito um alerta sobre a situação da varíola dos macacos no país, reforçando a importância das medidas de combate e prevenção à doença.
Em alguns países e regiões do continente africano, a doença é endêmica, que é quando há uma transmissão contínua mas sem grande nível de descontrole em alguma localidade. A varíola dos macacos foi descoberta pela primeira vez em 1958, quando dois tipos de vírus agentes foram identificados como causadores de surtos de casos entre macacos na África. O primeiro caso em humanos da zoonose foi registrado em 1970 na República Democrática do Congo.
Casos humanos da doença voltaram a aparecer em 2003 nos Estados Unidos, 2021 na Nigéria, e em 2018 e 2021 outros sete casos foram relatados no Reino Unido. “Esse vírus nós conhecemos e sabemos como lidar com ele. Temos todos os elementos para fazer sua erradicação“, disse o médico Amilcar Tanuri, coordenador do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ e consultor do Ministério da Saúde. (EBC)
(Foto de destaque: Rawpixel)
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