As forças da ordem pública nesta cidade do norte dos Estados Unidos “utilizam, com frequência, força excessiva”, incluindo a força letal, e “discriminam ilegalmente negros e nativos americanos”, disse o Departamento de Justiça em um relatório condenatório da investigação.
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“Para o crédito da polícia e dos governantes da cidade, mudanças significativas foram introduzidas” na força, mas “ainda há trabalho a ser feito”, declarou o procurador-geral de Justiça dos Estado Unidos, Merrick Garland, durante entrevista coletiva na qual apresentou 28 recomendações sobre o assunto.
As autarquias locais e as da Justiça Federal agora vão discutir um acordo sobre as reformas a serem feitas na instituição policial. Sua implementação estará sujeita à supervisão de um tribunal.
Em 25 de maio de 2020, o policial branco de Minneapolis Derek Chauvin asfixiou Floyd, um homem negro de 46 anos, ajoelhando-se em seu pescoço por nove minutos durante um procedimento de prisão na rua. Sua agonia, filmada em um celular por um transeunte e publicada na Internet, gerou grandes protestos em todo o país.
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Quase um ano depois, o Departamento de Justiça havia aberto uma investigação oficial para determinar se, para além dos fatos individuais, havia problemas sistemáticos nas forças policiais dessa cidade de 425 mil habitantes, uma das mais desiguais do país.
Por dois anos, os pesquisadores se debruçaram sobre os relatórios de incidentes policiais entre 2016 e agosto de 2022, analisando imagens das câmeras dos policiais e ouvindo milhares de testemunhas. E suas conclusões são definitivas.
“Muitos policiais estão fazendo seu difícil trabalho com profissionalismo, coragem e respeito. No entanto, nossa investigação concluiu que problemas sistêmicos tornaram possível o que aconteceu com George Floyd”, afirma a introdução do relatório.
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“Durante anos, a polícia de Minneapolis usou técnicas e armas perigosas contra pessoas que cometeram apenas crimes menores, ou nenhum crime”, disseram as autoridades.
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