Para ter o esquema vacinal primário completo contra a civid-19, basta tomar as duas primeiras doses da vacina. Mas isso é o mínimo necessário para garantir a proteção individual e de todos os brasileiros. Desinformação, medo e relaxamento diante da queda nos casos da doença estão entre os motivos para não seguir com as doses de reforço recomendadas pelos especialistas. Mas elas são importantes para evitar novos surtos da doença.
Embora estejamos voltando à normalidade em relação ao convívio social antes da pandemia de covid-19, o vírus e suas variantes continuam circulando e fazendo vítimas fatais. Em menor número, claro, devido também à vacinação da maior parte da população no Brasil.
Mas a positividade para o coronavírus continua crescendo, como mostrou último levantamento do Instituto Todos pela Saúde:
“As pessoas estão com o ciclo vacinal completo tomando apenas as duas doses primárias da vacina contra Covid-19, mas recomendamos que toda a população tome também as doses de reforço adicionais. O ciclo vacinal que consideramos ideal para garantir a proteção do paciente inclui todas as doses: as duas iniciais e as de reforço”, enfatiza a infectologista Emy Akiyama Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein.
Uma pessoa que não completa o ciclo de vacinação, além de se colocar em risco (por não estar com a proteção considerada ideal), também contribui para que o vírus continue circulando e sofrendo mutações frequentemente.
O aumento das mutações dá origem a novas variantes, algumas sem relevância, mas outras podem se tornar mais fortes e causar impactos importantes à saúde pública, com aumento de casos, da gravidade da doença, das internações ou da mortalidade.
Isso acontece porque meses depois da vacinação há uma queda natural dos anticorpos que o organismo produziu induzido pelo imunizante e a pessoa pode se contaminar mesmo estando vacinada (só que de forma mais leve e até mesmo assintomática) e o vírus pode desencadear novas ondas de infecção (por isso, houve a necessidade de aplicações de doses de reforço).
Um exemplo desse escape vacinal aconteceu com a variante delta do coronavírus, descoberta na Índia.
Ela era resistente às vacinas disponíveis na época, causando ondas importantes de contaminação com casos graves, internações e mortes.
Outro exemplo foi o surgimento da variante ômicron, que também causou novos picos de transmissão e contaminação e voltou a sobrecarregar o sistema de saúde com internações em decorrência da doença.
Esses surtos acontecem porque ao entrar em contato com um organismo que não está totalmente imunizado, o vírus ganha força e continua sendo transmitido. Assim, quanto mais indivíduos estiverem vacinados, menores são as chances de novas variantes continuarem surgindo, e mais próximo se torna o controle da Covid-19.
Portanto, estar com o ciclo vacinal completo contra a covid-19 é indispensável para reduzir e contaminação e impedir a ocorrência de casos graves da doença, o que diminui, também, as taxas de mortalidade em todo o mundo.
O principal objetivo da vacina é fazer com que o organismo adquira uma espécie de ‘’memória imunológica’’, introduzindo o agente patogênico (no caso, o coronavírus) para estimular o corpo a gerar anticorpos que reagem para combater o “invasor”.
⦁ Crianças de seis meses a 4 anos recebem a vacina da Pfizer;
*Aquelas na faixa entre 3 e 4 anos, podem receber também a Coronavac, sendo o reforço preferencialmente com a Pfizer
⦁ Crianças de 5 a 11 anos recebem Pfizer ou CoronaVac, assim como adolescentes de 12 a 17 anos. O reforço também é preferencialmente com a Pfizer
⦁ Adultos de 18 a 39 anos recebem Pfizer ou CoronaVac
⦁ Adultos acima de 40 anos podem receber Pfizer, CoronaVac, AstraZeneca ou Janssen
Veja, abaixo, se o seu esquema vacinal está completo de acordo com a faixa etária:
⦁ 6 meses a 4 anos: 3 doses da Pfizer
⦁ 3 a 4 anos: 3 doses da Pfizer ou 2 doses da CoronaVac mais um reforço, preferencialmente da Pfizer
⦁ 5 a 11 anos: 2 doses da Pfizer ou 2 da CoronaVac, com reforço preferencialmente da Pfizer
⦁ 12 a 17 anos: 2 doses da Pfizer ou 2 da CoronaVac, com reforço preferencialmente da Pfizer
⦁ 18 a 39 anos: 2 doses da Pfizer ou 2 da CoronaVac, com reforço preferencialmente da Pfizer
⦁ 40 a 59 anos: 2 doses de Pfizer, CoronaVac, AstraZeneca, Janssen com 2 doses de reforço, sendo a segunda preferencialmente com Pfizer
⦁ Idosos acima de 70 anos;
⦁ Pessoas que vivem em instituições de longa permanência a partir de 12 anos e seus trabalhadores;
⦁ Pacientes imunocomprometidos com mais de 12 anos (aqueles que vivem com HIV, transplantados, portadores de doença renal crônica em hemodiálise, pacientes que passaram por quimio ou radioterapia nos últimos seis meses, portadores de erros inatos da imunidade, entre outros);
⦁ Indígenas, ribeirinhos e quilombolas com idade acima de 12 anos
Para receber a vacina bilavente ( versão mais atual e composta pela cepa original do coronavírus e pela variante ômicron) é preciso estar com o primeiro ciclo (1ª e 2ª) de vacinação completo.
Neste momento, apenas grupos prioritários estão se vacinando com a bivalente:
Quem não tomou pelo menos duas doses, terá de completar esse ciclo primário para depois tomar a vacina bivalente! Fique atento às próximas etapas de vacinação bivalente e não perca o sua vez!
Fonte: Agência Einstein
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