O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, chegou a Washington nesta quinta-feira (21) com o objetivo de obter a promessa de que o governo dos Estados Unidos continuará apoiando a contraofensiva à invasão russa, se possível com armas de maior alcance.
Ele chegou pela manhã ao Congresso, onde se discute uma nova ajuda militar e humanitária para seu país.
“A defesa aérea será uma das prioridades” em Washington, antecipou Zelensky no X (antigo Twitter).
O ambiente mudou desde que o presidente visitou ao capital em 21 de dezembro de 2022 pela primeira vez desde a invasão russa em fevereiro do mesmo ano. A visita, então, foi em segredo.
Agora, a sensação de urgência desapareceu, e a oposição republicana assumiu o controle da Câmara Baixa.
O presidente ucraniano se reunirá com líderes democratas e republicanos, mas o encontro mais difícil será com o líder da Câmara dos Representantes, o representante Kevin McCarthy.
O risco de paralisação orçamentária no Estados Unidos complica ainda mais a situação, caso os parlamentares não cheguem a um acordo antes de 1º de outubro sobre ao menos uma lei provisória.
Um dos obstáculos nas negociações é o orçamento dedicado à ajuda militar e humanitária à Ucrânia.
É “vital” que o Congresso desembolse os 24 bilhões de dólares (116 bilhões de reais) solicitados pelo Executivo para apoiar os ucranianos, afirmou na quarta-feira o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.
Zelensky também irá ao Pentágono, antes de ser recebido, acompanhado pela esposa, por Joe e Jill Biden, às 19h GMT (16h em Brasília).
Os dois presidentes vão se reunir no Salão Oval da Casa Branca e, em seguida, com as delegações dos dois países.
O presidente americano está consciente do perigo de perder o impulso, à medida que a guerra se prolonga, e o inverno se aproxima.
“Estamos na linha de chegada”, destacou o presidente ucraniano em entrevista à rede CNN, depois que autoridades americanas expressaram, sob anonimato à imprensa dos EUA, reservas em relação à estratégia militar ucraniana.
Biden quer “ter uma ideia do que se passa no campo de batalha”, mas também “dizer muito claramente ao presidente Zelensky que estaremos com eles o tempo que for necessário”, afirmou Kirby na quarta-feira.
Por enquanto, a Casa Branca segue com cautela. O envio de mísseis “não está excluído”, destacou Kirby, mas “nenhuma decisão foi tomada até agora”.
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