Análise: A chinesa DeepSeek chacoalha o mundo da Inteligência Artificial e coloca Trump sob pressão

Já prevíamos que 2025 seria repleto de surpresas no avanço da Inteligência Artificial, mas mesmo assim, o anúncio do modelo R1 pela empresa chinesa  DeepSeek da deixou o mundo da tecnologia estupefato.

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A DeepSeek, fundada pelo gestor de fundos hedge Lian Wenfeng, construiu um grande modelo de linguagem, LLM, com um orçamento muito muito menor do que as americanas OpenAI e Meta. E com uma performance que em muitos aspectos supera as disponíveis no mercado.

A atenção gerada pela DeepSeek foi tamanha que a empresa teve que limitar os downloads gratuitos de seu aplicativo na loja da Apple.

O maior impacto ocorreu nos mercados financeiros. Ações de empresas americanas de tecnologia registraram fortes perdas nas bolsas americanas.

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Os papéis da fabricante de chips Nvidia foram os mais assolados, com uma queda que chegou a atingir 17,98%. O valor da empresa encolheu em US$ 600 bilhões.

A capacidade da DeepSeek em replicar as capacidades dos modelos de IA produzidos nos Estados Unidos com custos muito menores colocam seriamente em questão a saúde de produtores de chips americanos, como a Nvidia.

Ironicamente, a surpresa chinesa emerge na corrida tecnológica da IA ocorre justamente quando o presidente Donald Trump retorna ao poder, prometendo a manutenção e o avanço da liderança americana na tecnologia. Na semana passada,  ao assumir Trump anunciou investimentos privados de US$ 500 bi em IA

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Os sinais de que a liderança americana corria riscos já existem há um bom tempo. Os modelos criados pela francesa Mistral, também mais baratos, sinalizaram os riscos potenciais para Washington.

Justo agora quando a IA busca agora aprimorar o campo do raciocínio em seus modelos, a China avisa que pode assumir a liderança nesse segmento crucial, tanto do ponto de vista geopolítico como econômico.

2025 promete.

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