Pouco mais de um mês após anunciar o lançamento do Myla Metaverse, um metaverso “conservador”, o sócio e embaixador da plataforma, Jair Renan, filho de Bolsonaro, anuncia a saída do projeto. A divulgação foi feita na noite da última terça-feira (29), nas redes sociais do 04. O anúncio acontece após a moeda virtual da plataforma, que ainda não está disponível para entrada, perder mais de 80% de seu valor.
Mesmo sem existir o metaverso, a moeda de Myla começou a circular no dia 20 de novembro custando US$ 0,079. No entanto, pouco mais de dez dias após a primeira oferta, no dia 1º de dezembro, o token não está custando mais que US$0,010.
A plataforma vem sendo vendida como um mundo de direita. Entre os personagens que estariam presentes no metaverso, estariam Jair Bolsonaro, como herói, e o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, como rival.
Na promoção do metaverso, Jair Renan se divulgava como sócio e embaixador da plataforma. Em publicações nas redes sociais, Renan dizia que a entrada no Myla seria uma “oportunidade para mudar de vida”. Em um dos vídeos, publicado no dia 17 de novembro, que também foi excluído das redes, o, até então mobilizador da plataforma disse: “A Myla Metaverse vai dar essa oportunidade, e eu vou te falar: eu tenho muito orgulho de ser embaixador dessa empresa”.
Na mensagem de desligamento de Jair Renan, publicada no Telegram, seu advogado não apresentou a motivação da saída do empresário do projeto: “Estou passando para informar o desligamento do Sr. Renan Bolsonaro do Myla Metaverse. A partir do dia de hoje. Boa sorte a todos”.
Renan, por sua vez, foi ao Instagram dizer que o desligamento aconteceu “por questões contratuais”.
Para a advogada Silvia Piva, pesquisadora do Grupo de Pesquisa de Tributação no Ambiente Digital da FGV, Jair Renan “pode sofrer algum tipo de responsabilização pública se for comprovado benefício próprio na divulgação. É possível que ele receba até multa”. A advogada, como exemplo, utilizou o caso da influenciadora Kim Kardashian que, no mês de novembro, recebeu uma multa de US$ 1,26 milhão, após promover uma criptomoeda e não informar quanto lucrou com a ação.
No plano de sustentabilidade e distribuição do metaverso, divulgado pela empresa Utility Labs, responsável pelo Myla, o montante destinado à circulação dentro do jogo é de apenas 1%, deixando dúvidas sobre o manuseio da renda e o destino do dinheiro investido por usuários na oferta inicial.
Ao Newsverso, a Utility Labs disse que “houve divergência de opinião sobre o papel de cada sócio dentro do projeto. Depois de alguns dias sem chegarmos a um acordo, Renan entendeu que seria melhor ele se desligar. Todos os sócios concordaram”.
A reportagem tentou contato com Jair Renan, mas não obteve resposta.
Entenda: O que é metaverso
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