Elisa Sanches registrou um testamento em cartório expressando sua vontade de proibir o uso de sua imagem em filmes adultos após sua morte. Essa decisão foi impulsionada por uma descoberta: o uso de seu rosto em vídeos de conteúdo explícito, criados por meio de deepfakes e compartilhados na web.
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Elisa descreveu o momento de choque ao receber um vídeo de teor adulto com seu rosto, mas com uma cena que nunca havia gravado. Foi um alerta de um anônimo que a levou a perceber a gravidade do problema.
“Achei que isso está se transformando em um abuso de imagem. A inteligência artificial pode ajudar muito, mas também ser uma péssima influência para outras coisas. Achei isso muito perigoso, se fazem isso com pessoas em vida, imagine após a morte. Desse dia em diante eu decidi tomar providências e me precaver”, afirmou Elisa em entrevista ao PAGE NOT FOUND.
Prática cada vez mais comum
Esse fenômeno ganhou destaque quando Elis Regina “ressurgiu” em um comercial de uma marca de carros, e Paul McCartney anunciou que os Beatles lançarão uma nova música com a voz de John Lennon, tudo graças à IA. Essas inovações vêm intrigando o público, mas também levantam questões sobre o legado e a privacidade dos artistas.
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A atriz americana Whoopi Goldberg, por exemplo, tomou a decisão de proibir a criação de hologramas com sua imagem após a morte.
Madonna também deixou em seu testamento uma proibição estrita contra o uso de imagens geradas por inteligência artificial.
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