No Comitê Judiciário do Senado dos EUA, no último dia 12 de julho, rolou uma audiência bombástica sobre inteligência artificial (IA) e direitos autorais. Ben Brooks, chefe de políticas públicas da Stability AI, confessou abertamente que utilizou “bilhões” de imagens sem obter consentimento dos detentores dos direitos autorais.
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E não para por aí. David Holz, do Midjourney, também admitiu em 2022 usar obras protegidas por direitos autorais sem consentimento.
Durante o interrogatório conduzido pela representante artística Karla Ortiz, Brooks ficou visivelmente desconfortável.
Líder da Stability AI afirma que usou bilhões de imagens
Em meio à polêmica, o senador Mazie Hirono falou para Brooks que nenhum pagamento foi feito pelo uso de qualquer conteúdo no treinamento do gerador de imagens de IA. A situação levanta questionamentos sobre até quando essa prática de utilização sem autorização será tolerada. É fundamental acompanhar de perto as próximas ações para proteger os direitos autorais nesse cenário. A história está apenas começando e promete render desdobramentos interessantes.
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“Se os dados da imagem estiverem na Internet e o robots.txt disser que pode estar sujeito a coleta de dados agravada e se não estiver sujeito a uma solicitação de exclusão em nossos próximos modelos, certamente usaremos essas imagens”, responde Brooks.
Durante a audiência, a senadora Hirono direciona sua atenção para Ortiz, que expõe uma questão que tem sido levantada por muitos fotógrafos e artistas em relação aos geradores de imagem de IA.
“Nunca me perguntaram, nunca fui creditado, nunca recebi um centavo”, diz Ortiz.
“E isso é para o uso de quase todo o meu trabalho, tanto pessoal quanto comercial.” Ortiz continuou dizendo que nunca consentiria que seu trabalho treinasse uma IA e enfatizou que empresas como a Stability AI não lhe dão escolha.
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