Como a Airbus usa IA generativa para se reinventar

Na Airbus, a IA generativa oferece diversas oportunidades para aprimorarmos nossa atuação, desde a fabricação até o atendimento ao cliente.

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Há anos, a inteligência artificial (IA) contribui para o sucesso da Airbus. Em 2016, a aplicação de IA no OneAtlas possibilitou o processamento de imagens de satélite de alta resolução, extraindo informações valiosas para agricultores, seguradoras e empresas de energia. Desde 2017, a plataforma digital Skywise, que utiliza tecnologias como Processamento de Linguagem Natural (PLN), vem melhorando a manutenção preditiva e reduzindo paradas de aeronaves em operação.

Inicialmente, o uso de IA era restrito a engenheiros especializados e cientistas de dados. Isso está mudando. A chegada da IA generativa torna a tecnologia acessível a muito mais pessoas. Seu uso atinge patamares inéditos, com enorme potencial em termos de eficiência, economia e qualidade.

Para aproveitar ao máximo a oportunidade e tornar a IA generativa acessível a todos na empresa, a Airbus lançou um grupo de trabalho em toda a companhia em 2023. “Este grupo visa trazer o poder da IA generativa, modelos de linguagem ampla e modelos básicos para a Airbus, ao mesmo tempo em que desenvolve políticas e salvaguardas para fazê-lo de forma responsável, de acordo com nossos valores fundamentais”, afirma Catherine Jestin, Vice-Presidente Executiva Digital da Airbus.

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Em menos de um ano, foram identificados 600 casos de uso em toda a Airbus, desde assistentes de engenharia, análise de contratos e ferramentas de recrutamento até análise de ameaças e riscos cibernéticos e otimização de compras. A IA pode ser aplicada em atividades internas ou na transformação do relacionamento com o cliente, automatizando tarefas rotineiras ou se estabelecendo como uma verdadeira virada de jogo.

Gerenciando melhor documentos complexos e técnicos

“Embora seja improvável que a IA possa projetar produtos Airbus do futuro do zero, sua capacidade de auxiliar humanos na gestão de documentos complexos e técnicos está se mostrando promissora”, diz Fabrice Valentin, chefe de IA e Análise Avançada da Airbus.

Um experimento, por exemplo, visa demonstrar como a tecnologia pode ajudar as equipes de pós-venda a fornecer respostas com mais rapidez. Outro experimento em escala real envolve o teste de um assistente de IA para Instruções Operacionais Padrão, as instruções de fabricação usadas para construir aeronaves. O chatbot facilita o acesso a dados técnicos. “Por exemplo, ele permite verificar instantaneamente, em linguagem natural, qual chave dinamométrica usar para uma operação específica, enquanto o uso de um tablet às vezes envolve a consulta de várias páginas de documentação”, explica Fabrice Valentin.

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Em poucos meses, a IA começou a progredir em toda a Airbus. Os experimentos em andamento sugerem perspectivas animadoras. No entanto, a implementação em larga escala levará algum tempo, pelo menos em algumas áreas. “Temos que cumprir as restrições regulatórias que caracterizam a indústria aeroespacial e queremos garantir que as soluções de IA sejam usadas de forma segura, responsável, ética e sustentável”, conclui Catherine Jestin.

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