O Tribunal da Internet de Pequim decidiu esta semana que um conjunto de imagens geradas por IA possuía “originalidade” e refletia a contribuição intelectual criativa humana – e deveria ser reconhecida como obras protegidas pela lei de direitos autorais.
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O tribunal decidiu que, como foi um ser humano quem definiu os parâmetros relevantes para o modelo de IA e, em última análise, selecionou a imagem em questão, o resultado final é gerado diretamente com base na sua contribuição intelectual e “reflete a expressão personalizada do requerente”.
A decisão contrasta fortemente com a posição dos tribunais ocidentais, que até agora rejeitaram a proteção dos direitos de autor para imagens geradas por IA devido à falta de autoria humana.
Angela Zhang, professora de direito da Universidade de Hong Kong, disse no X (Twitter) que a decisão significa que a China está adotando “uma postura pró-crescimento e favorável aos negócios em sua regulamentação de IA”.
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🚨Breaking: The Beijing Internet Court made a landmark ruling yesterday, endorsing copyrights for AI-generated artwork. This decision contrasts with recent US PTO rulings, which didn't uphold copyrights for AI-generated creations. #AI #CopyrightLaw The Chinese decision is here:…
— Angela Zhang (@AngelaZhangHK) November 29, 2023
Sem proteção de direitos autorais
As imagens de IA até agora não conseguiram obter proteção de direitos autorais.
Até agora, o único caso de imagens geradas por IA que obtiveram proteção de direitos autorais foi nos EUA, para uma história em quadrinhos contendo imagens de IA. Mas o US Copyright Office alterou posteriormente a sua decisão. A artista Kris Kashtanova conseguiu manter a proteção de direitos autorais para a narrativa dos quadrinhos, mas não para as imagens.
Em um outro caso, os tribunais dos EUA confirmaram a posição do Copyright Office de rejeitar a proteção dos direitos de autor sobre imagens geradas por IA. O demandante Stephan Thaler também procurou obter proteção de patente para invenções geradas por IA, mas foi rejeitado nos EUA, no Reino Unido e na Europa. Apenas a África do Sul permitiu que um sistema de IA obtivesse proteção de patente – mas as regras de patentes do país carecem de uma definição formal de inventor.
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