A advogada Débora Schalch, especialista em Direito Securitário, avalia que o Drex, a moeda digital do Banco Central, pode transformar o mercado de seguros no Brasil ao garantir agilidade e custo menor para aquisição de produtos.
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Com o Drex, a contratação de um seguro poderia ser feita de forma totalmente digital, sem a necessidade de intermediários. Isso tornaria o processo mais simples e acessível, ampliando o potencial de crescimento do mercado de seguros no Brasil.
Apesar disso, Schalch alerta para o risco de que um novo marco legal para seguros privados, atualmente em discussão no Senado, possa atrapalhar os avanços do Drex.
O PLC 29/2017, que está sendo avaliado pelo Senado, traz uma série de regras para o setor de seguros, algumas das quais podem restringir o uso de novas tecnologias.
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“Não dá para blindar o mercado de seguros contra o avanço de novas tecnologias. Isso só tende a atrasar o progresso do setor”, narra.
Em resumo, a advogada avalia que a obrigação de autorização prévia do Banco Central pode dificultar o uso de tecnologias emergentes, como o open insurance, que permite a troca de dados entre seguradoras e outros participantes do mercado. A obrigação de divulgação de informações padronizadas, por sua vez, pode dificultar o uso de tecnologias que permitem a personalização de produtos e serviços.
Schalch avalia que o PLC 29/2017 é anacrônico e não leva em conta as novas tendências do setor. Ela defende que o marco legal deve ser atualizado para permitir o uso de novas tecnologias, como o Drex, que têm o potencial de melhorar a eficiência e a competitividade do mercado de seguros.
A versão digital do Real ainda está em fase de desenvolvimento e sua implementação no mercado de seguros deve ocorrer de forma gradual.“O Drex será capaz de tornar o mercado mais simples, acessível e com a mesma confiabilidade atual. Sabemos que o espaço para crescimento é grande no país”, concluiu.
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