O bilionário de 52 anos, que foi um dos fundadores da OpenAI mas não possui mais participação na empresa, afirmou em uma ação movida na última quinta-feira (29) que a estreita relação da empresa com a Microsoft Corp. minou sua missão original de criar tecnologia de código aberto que não estaria sujeita às prioridades corporativas.
PUBLICIDADE
Elon Musk, que também é CEO da Tesla Inc., tem sido muito franco sobre os perigos da inteligência artificial (IA) e da inteligência artificial geral (AGI).
O lançamento do ChatGPT da OpenAI – há mais de um ano – popularizou avanços na tecnologia de IA e levantou preocupações sobre os riscos envolvidos na corrida para desenvolver a AGI, onde os computadores são tão inteligentes quanto um humano médio. “Até hoje, o site da OpenAI Inc. continua a afirmar que sua missão é garantir que a AGI ‘beneficie toda a humanidade'”, diz a ação. “Na realidade, no entanto, a OpenAI Inc. foi transformada em uma subsidiária de fato de código fechado da maior empresa de tecnologia do mundo: a Microsoft.”
Musk ajudou a estabelecer a OpenAI em 2015, mas se afastou da empresa cerca de dois anos depois por diferenças filosóficas sobre como lucrar com a tecnologia. Além de liderar a Tesla, ele é proprietário da rede social X e está levantando dinheiro para um empreendimento de IA que fundou chamado xAI, que possui seu próprio chatbot do tipo ChatGPT, Grok.
PUBLICIDADE
No processo, o bilionário criticou a reestruturação da liderança da OpenAI no ano passado, um período tumultuado durante o qual Altman foi demitido como CEO e rapidamente reintegrado com o apoio da Microsoft. Musk argumentou na ação que Sam Altman, o presidente da OpenAI, Greg Brockman, e a Microsoft trabalharam juntos para expulsar a maioria do conselho da startup, que era responsável por aplicar sua missão original de desenvolver tecnologia para benefício da humanidade.
Desde a introdução do ChatGPT e do GPT-4, o grande modelo de linguagem que alimenta o chatbot, a OpenAI desencadeou uma onda de adoção de IA em empresas ao redor do mundo. A Microsoft tem sido uma das mais agressivas na incorporação da tecnologia em sua ampla gama de serviços em nuvem e corporativos.
“Altman escolheu a dedo um novo conselho que não possui expertise técnica semelhante ou qualquer histórico substancial em ética e governança de IA, que o conselho anterior tinha por design”, diz a ação. “O novo Conselho era composto por membros com mais experiência em empreendimentos centrados no lucro ou política do que em ética e governança de IA. Eles também foram reportadamente ‘grandes fãs de Altman’.”
PUBLICIDADE
O caso marca uma escalada em um dos conflitos mais proeminentes no campo emergente da IA, colocando dois de seus jogadores de destaque um contra o outro. A ação terá implicações não apenas para a OpenAI, que busca levantar fundos com uma avaliação de $100 bilhões ou mais, mas também para a Microsoft. As ações da empresa com sede em Seattle subiram 68% no último ano, tornando-a a empresa mais valiosa do mundo, enquanto busca se tornar líder na adoção de IA.
Leia também: