Uma pesquisa de opinião realizada pelo KeyBank com 400 proprietários e líderes executivos de empresas de médio porte, definidas pelo banco como empresas com receita anual de US$ 10 milhões a US$ 2 bilhões, descobriu que 73% dos entrevistados têm uma perspectiva “excelente ou muito boa” para seus negócios em 2024. Além disso, 56% desses líderes disseram que sua perspectiva positiva foi principalmente impulsionada pela melhoria da eficiência nas operações comerciais, enquanto 54% disseram que estavam mais encorajados por melhorias na tecnologia, como a inteligência artificial (IA) generativa.
PUBLICIDADE
Ken Gavrity, chefe da divisão comercial do KeyBank, diz que as empresas de médio porte são uma parte “extraordinariamente resiliente” da economia e têm mantido o crescimento da receita e do emprego diante das recentes crises econômicas. De acordo com o banco, as receitas em 2023 aumentaram para 83% das empresas de médio porte a uma taxa média de 12,4%, um novo recorde para o segmento.
Quanto à forma como as empresas de médio porte conseguiram alcançar esse crescimento, Gavrity diz que estão investindo em tecnologia que pode impulsionar a eficiência, com 44% dos líderes empresariais de médio porte relatando que implementaram a inteligência artificial como método de expansão no último ano.
Segundo Gavrity, as empresas estão “mergulhando o dedo do pé” na IA de maneiras de baixo risco, como criar conteúdo personalizado de integração para ajudar novos funcionários a se atualizarem mais rapidamente, ajudar os funcionários do centro de contato a localizarem rapidamente informações importantes do usuário e ajudar os líderes a sintetizarem rapidamente documentos de inteligência competitiva. Ao integrar a IA nesses métodos “conservadores”, os proprietários de empresas estão vendo resultados positivos tangíveis da tecnologia, e Gavrity diz que agora estão procurando por casos de uso mais avançados.
PUBLICIDADE
Os líderes empresariais de médio porte foram menos positivos sobre o estado da economia em geral, com 60% dos líderes prevendo uma recessão econômica antes de 2025, e 25% dizendo que a economia já estava em recessão, sendo os maiores fatores negativos a inflação e os custos trabalhistas mais altos. E ainda assim, Gavrity diz que, independentemente da perspectiva mais ampla da macroeconomia, esses líderes estão investindo maciçamente em seus negócios, porque “veem dutos cheios. Eles veem alta demanda de seus clientes, sejam eles consumidores ou B2B.” E, diz Gavrity, estão pedindo expansão adicional no balanço patrimonial, tanto por meio de crédito quanto pela captação de capital.
Também é importante observar que 40% dos líderes empresariais de médio porte disseram que processos de cibersegurança aprimorados contribuíram para a perspectiva positiva de suas empresas. Gavrity observou que já viu o impacto de ataques cibernéticos em empresas de médio porte em primeira mão. “Quase toda semana, recebemos um telefonema de um cliente que diz ‘Acho que acabei de enviar informações ou dinheiro para onde não deveria'”, diz ele.
Gavrity acrescenta que as empresas de médio porte são, sem dúvida, “uma das áreas de ataque mais fáceis” para hackers, porque alcançaram uma escala onde há “dólares significativos disponíveis”, mas muitas vezes não investiram em pessoal de cibersegurança interno de alta qualidade para proteger esses dólares. Além disso, o advento da geração de código alimentada por IA só vai tornar mais fácil para os hackers romperem as medidas de segurança.
PUBLICIDADE
Embora 82% dos líderes empresariais tenham dito que suas redes de TI são seguras, apenas 50% disseram que exigem proteção antivírus em todos os computadores da empresa, e apenas 37% exigiam o uso de uma VPN para acessar os recursos da empresa.
Leia também:
