Chatbots de IA podem ajudar a planejar ataques com armas biológicas, revela estudo

Os modelos de inteligência artificial (IA) que sustentam os chatbots poderiam ajudar a planejar ataques com armas biológicas, revelou uma pesquisa de um grupo dos Estados Unidos.

Um relatório da Rand Corporation, divulgado na segunda-feira (16), testou vários grandes modelos de linguagem (LLMs) e descobriu que eles seriam capazes de fornecer orientações que “poderiam ajudar no planejamento e execução de um ataque biológico”. 

PUBLICIDADE

No entanto, as conclusões preliminares do estudo também mostraram que os LLMs não geraram instruções biológicas explícitas para a criação de armas.

O relatório afirma que tentativas anteriores de transformar agentes biológicos em armas falharam devido à falta de informações sobre a bactéria. A IA poderia “preencher rapidamente essas lacunas de conhecimento”, afirma a pesquisa. O documento não especificou quais LLMs os pesquisadores testaram.

As armas biológicas estão entre as ameaças graves relacionadas com a IA que serão discutidas na Cúpula Global de Segurança da IA, que acontecerá no próximo mês no Reino Unido.

PUBLICIDADE

Como foi realizado o teste?

No teste concebido pela Rand, o LLM identificou potenciais agentes biológicos – incluindo aqueles que causam varíola, antraz e peste – e discutiu suas probabilidades de causar morte em massa. O LLM também avaliou a possibilidade de obtenção de roedores ou pulgas infestados de peste e transporte de espécimes vivos. Em seguida, mencionou que a escala das mortes projetadas dependia de fatores como o tamanho da população afetada e a proporção de casos de peste pneumônica, que é mais mortal do que a peste bubônica.

Os pesquisadores disseram que os resultados preliminares indicaram que os LLMs poderiam “potencialmente ajudar no planejamento de um ataque biológico” e que o seu relatório final examinaria se as respostas simplesmente refletiam informações já disponíveis online.

Leia também:

Rolar para cima