A administração Biden está pronta para abrir uma nova frente em seu esforço para proteger a inteligência artificial (IA) dos EUA da China e da Rússia, com planos preliminares para colocar barreiras ao redor dos modelos de IA mais avançados – o software central de sistemas de inteligência artificial como o ChatGPT – disseram fontes.
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O Departamento de Comércio está considerando uma nova iniciativa regulatória para restringir a exportação de modelos de IA proprietários ou de código fechado, cujo software e os dados nos quais ele é treinado são mantidos em sigilo, disseram três pessoas familiarizadas com o assunto.
Qualquer ação complementaria uma série de medidas dos EUA implementadas nos últimos dois anos para bloquear a exportação de chips de IA sofisticados para a China, na tentativa de desacelerar o desenvolvimento de tecnologia de ponta para fins militares por parte de Pequim. Mesmo assim, será difícil para os reguladores acompanharem os rápidos desenvolvimentos da indústria.
A Embaixada Chinesa descreveu a medida como um “ato típico de coerção econômica e bullying unilateral, que a China se opõe firmemente”, acrescentando que tomará “medidas necessárias” para proteger seus interesses.
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Atualmente, nada impede gigantes de IA dos EUA como a Microsoft, a apoiada pela OpenAI, o Google DeepMind da Alphabet e a concorrente Anthropic, que desenvolveram alguns dos modelos de IA de código fechado mais poderosos, de vendê-los para quase qualquer pessoa no mundo sem supervisão governamental.
Pesquisadores do governo e do setor privado estão preocupados que adversários dos EUA possam usar os modelos, que exploram vastas quantidades de texto e imagens para resumir informações e gerar conteúdo, para lançar ataques cibernéticos agressivos ou até mesmo criar armas biológicas potentes.
Uma das fontes disse que qualquer novo controle de exportação provavelmente visaria Rússia, China, Coreia do Norte e Irã. A Microsoft disse em um relatório de fevereiro que rastreou grupos de hackers afiliados aos governos chinês e norte-coreano, além da inteligência militar russa e da Guarda Revolucionária do Irã, enquanto tentavam aperfeiçoar suas campanhas de hackers usando grandes modelos de linguagem.
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