Gigantes americanas da IA se unem para buscar autorregulação

Google, Microsoft, Anthropic e OpenAI, quatro das empresas americanas que lideram o cenário da Inteligência Artificial (IA) de última geração, anunciaram nesta quarta-feira (26) a criação de um novo órgão profissional para combater os riscos associados a esta tecnologia

O “Frontier Model Forum” terá a responsabilidade de promover o “desenvolvimento responsável” dos modelos de IA mais sofisticados e “minimizar os potenciais riscos”, de acordo com um comunicado à imprensa.

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Assim, os membros se comprometem a compartilhar boas práticas entre si e com legisladores, pesquisadores e associações, para que esses sistemas sejam menos perigosos.

A rápida implantação da IA generativa, por meio de plataformas como ChatGPT (OpenAI), Bing (Microsoft) ou Bard (Google), está gerando preocupação entre autoridades e a sociedade civil.

A União Europeia (UE) está finalizando um projeto de regulação desta tecnologia que deve impor obrigações às empresas do setor, como transparência com os usuários ou controle humano sobre as máquinas.

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Já nos Estados Unidos, as tensões políticas com o Congresso impedem qualquer esforço neste campo.

Esta é uma das razões pelas quais a Casa Branca pede que as partes interessadas garantam a segurança de seus produtos, em nome de seu “dever moral”, afirmou a vice-presidente americana, Kamala Harris, no início de maio.

Na semana passada, o governo de Joe Biden garantiu os “compromissos” da Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI para defender “três princípios” no desenvolvimento de IA: segurança, proteção e confiança.

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Supõe-se que estas empresas devem testar seus programas antecipadamente, combater ataques cibernéticos e fraudes e encontrar maneiras de sinalizar que o conteúdo foi gerado por IA, para que seja claramente autenticado como tal.

Os dirigentes destas companhias também não negam os riscos.

Em junho, Sam Altman, diretor da OpenAI, e Demis Hassabis, presidente da DeepMind (Google), exortaram a luta contra “os riscos de extinção” da humanidade “ligada à IA”.

Durante uma audiência no Congresso, Altman endossou a ideia cada vez mais popular de criar uma agência internacional encarregada da regulação da inteligência artificial, como as que existem em outros campos.

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Enquanto isso, a OpenAI está trabalhando em uma IA chamada “geral”, com habilidades cognitivas semelhantes às dos humanos.

Em uma publicação de 6 de julho, a empresa abordou que tem como foco os “modelos de fronteira” da IA, “modelos fundamentais altamente sofisticados que poderiam adquirir capacidades perigosas suficientes para oferecer sérios riscos à segurança pública”.

A gigante americana ainda alerta que esses recursos perigosos podem “surgir inesperadamente” e que “é realmente difícil impedir que um modelo implantado seja mal utilizado”.

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