O Google foi acusado de violar patentes de chips para inteligência artificial (IA) da Singular Computing para ferramentas como Gmail e Search.
O Google fechou um acordo com a Singular Computing na última quarta-feira (24), encerrando um processo em que a gigante das buscas era acusada de violar uma patente relacionada a unidades de processamento de tensores (TPUs), chips aceleradores de inteligência artificial utilizados em suas tecnologias e serviços, como Gmail e Search.
A Singular Computing, com sede em Massachusetts e fundada por Joseph Bates, iniciou o processo contra o Google em 2019, quando o fundador acusou a gigante de tecnologia de incorporar a tecnologia de chips de IA para dar suporte a recursos, como Google Search, Gmail, Google Tradutor e outros.
O processo alegava que Bates compartilhou suas invenções com a Singular Computing entre 2010 e 2014, e o Google teria copiado essas ideias.
A gigante de tecnologia começou a usar chips semelhantes para impulsionar a IA em 2016, sendo aplicados em diversas funcionalidades, como reconhecimento de fala, geração de conteúdo e recomendação de anúncios.
A Singular afirmou que as versões dois e três das unidades desenvolvidas pelo Google, introduzidas em 2017 e 2018, violavam suas patentes.
A acusação apresentou e-mails internos da empresa em 9 de janeiro, nos quais o atual cientista-chefe do Google, Jeff Dean, descreveu a outros funcionários ideias semelhantes às de Bates, considerando-as “realmente adequadas” para as necessidades da empresa.
Em resposta, o Google alegou que os funcionários responsáveis pelos chips de IA nunca conheceram Bates, desenvolveram-nos de forma independente e que a invenção é diferente das patentes da Singular.
O processo buscava uma indenização mínima de US$ 1,67 bilhão (R$ 8,21 bilhões, em conversão direta), mas poderia chegar a mais de US$ 5 bilhões (R$ 24,6 bilhões).
Conforme a Reuters, o acordo foi anunciado no mesmo dia em que os argumentos finais do processo bilionário estavam programados para iniciar. A Singular Computing acusou o Google de violar suas patentes e de utilizar indevidamente a tecnologia dos chips de IA para alimentar seus serviços.
Representantes da gigante de tecnologia e da empresa de chips confirmaram o acordo à agência de notícias, mas não divulgaram detalhes, incluindo o valor acordado.
O porta-voz do Google, Jose Castaneda, negou as alegações de violação de patentes pela empresa, mas expressou contentamento por resolver a questão.
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