Google reforça busca e chatbot com inteligência artificial para enfrentar a concorrência

A controladora do Google, Alphabet, mostrou na terça-feira (14) como está investindo em inteligência artificial (IA) em todos os seus negócios, incluindo o fortalecimento do chatbot Gemini e melhorias em seu mecanismo de busca premiado. A empresa corre para competir com rivais de IA, como a OpenAI apoiada pela Microsoft.

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A enxurrada de anúncios reforça os esforços do Google para atualizar seus produtos desde o lançamento do ChatGPT pela OpenAI em 2022. O ChatGPT impressionou o público e ameaçou o reinado de longa data do Google como líder em pesquisa online e IA.

Entre as novidades do Google está a adição à sua família de modelos de IA Gemini 1.5, chamada Flash, que é mais rápida e barata de executar. Outro destaque é o protótipo chamado Projeto Astra, que pode conversar com os usuários sobre qualquer coisa capturada pela câmera do smartphone em tempo real. Além disso, a empresa apresentou resultados de pesquisa categorizados sob títulos gerados por IA.

“Este é um momento de crescimento e oportunidade”, disse o CEO da Alphabet, Sundar Pichai, aos repórteres, quando questionado se as atualizações de IA poderiam colocar em risco o lucrativo negócio do Google.

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A apresentação de produtos no evento anual I/O para desenvolvedores do Google, em Mountain View, Califórnia, seguiu uma apresentação mais curta da rival OpenAI na segunda-feira. A OpenAI demonstrou como o ChatGPT poderia fornecer respostas com entonação humana a qualquer comando escrito ou visual. O CEO da startup, Sam Altman, escreveu que a OpenAI havia entregue um software que “parece IA de filmes”.

As novidades do Google às vezes cobriam áreas similares, ressaltando a forte competição entre os dois desenvolvedores de IA.

Por exemplo, a unidade de IA do Google, DeepMind, trabalhou para construir uma tecnologia capaz de realizar tarefas cotidianas para os consumidores. Os primeiros resultados se manifestaram no Projeto Astra, uma ferramenta que pode usar a câmera do smartphone e tirar conclusões sobre o mundo ao seu redor.

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Em um vídeo de demonstração exibido durante o Google I/O, um usuário o utilizou para identificar um alto-falante e localizar óculos que havia deixado em outra parte da sala. A empresa também sugeriu como poderia emparelhar o Projeto Astra com o que chama de Gemini Live, um assistente de voz e texto potencialmente mais natural do que o Google Assistente do passado.

Demis Hassabis, CEO do Google DeepMind, disse sobre o trabalho por trás do Projeto Astra: “Queríamos construir um agente de IA universal que pudesse ser verdadeiramente útil na vida cotidiana.”

Outra área em que o Google mostrou como está enfrentando a concorrência é a geração de vídeos. A empresa apresentou o Veo, um modelo de IA que pode criar vídeos em resolução 1080p com duração de mais de um minuto. O modelo está disponível para amostra para criadores aprovados, incluindo o cineasta Donald Glover. A OpenAI promoveu um software similar entre executivos de Hollywood, fascinando e preocupando a indústria criativa.

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O Google também anunciou melhorias em seu modelo Gemini Pro 1.5, capaz de processar uma grande quantidade de dados. A empresa anunciou que estava dobrando essa quantidade, para 2 milhões de tokens, o que significa que a IA poderia responder a perguntas quando recebesse milhares de páginas de texto ou mais de uma hora de vídeo para processar.

O modelo Pro – começando com tamanhos de prompt de até 1 milhão de tokens, ou pedaços de dados – também estará disponível para assinantes do serviço Gemini Advanced do Google.

As ações da Alphabet subiram 1% para US$ 172,59 na tarde de terça-feira.

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Novo chip, nova pesquisa

O Google também revelou seus esforços para alimentar a IA com novos chips de computação e reformular seu mecanismo de busca homônimo.

A empresa anunciou uma sexta geração de unidade de processamento tensorial (TPU), que visa oferecer a ela e a seus clientes do Google Cloud uma alternativa aos poderosos processadores da Nvidia, líder do setor. O novo chip estará disponível para seus clientes em nuvem no final de 2024, disse o Google.

Enquanto isso, para usuários americanos do Google Search que navegam na Web em inglês, a empresa disse que em breve usará IA para ajudar a organizar os resultados de pesquisa para consultas sobre restaurantes, receitas e, eventualmente, filmes, livros e outros conteúdos.

Também para a pesquisa do Google, a empresa está lançando o AI Overviews para todos os usuários nos EUA nesta semana, após um longo período de testes públicos desde o evento I/O do ano passado. O recurso usa IA

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