Em um relatório apresentado por uma empresa de consultoria no evento, intitulado “Governing the metaverse”, ou “governando o metaverso”, uma série de oportunidades significativas foram apresentadas aos líderes. De acordo com a consultoria Arthur D. Little, áreas como energia e serviços públicos, saúde e manufatura e educação podem ser influenciadas a partir de ambientes virtuais e realidade aumentada.
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O documento apresenta ainda a necessidade de estipular órgãos reguladores e legislação para essas comunidades descentralizadas que surgem a partir da web3. Ainda de acordo com o relatório, o metaverso pode gerar impacto em pilares como saúde e educação, reduzindo custos e facilitando acessos.
Os atores governamentais devem ter em mente algumas pautas essenciais ao metaverso:
- 1. Padrões: Embora ainda em um estágio inicial, quem lidera o desenvolvimento dos padrões do Metaverso é a própria indústria. Os governos têm um papel a desempenhar para garantir que esses padrões permitam a máxima participação da população.
- 2. Leis e regulamentos: A introdução de leis e regulamentos apropriados para proteção de usuários e dados será vital para incentivar a participação e o investimento no metaverso por parte dos consumidores e participantes do setor.
- 3. Políticas e incentivos: Os governos devem considerar onde são necessários mecanismos e incentivos políticos para impulsionar o desenvolvimento e a adoção do metaverso e, nessa frente, vários governos já estão agindo.
- 4. Infraestrutura: Dado que a infraestrutura necessária não existe atualmente, os esforços para construí-la serão críticos para o desenvolvimento do metaverso. Aqui, os governos têm o papel de apoiar o desenvolvimento da infraestrutura por meio de subsídios, programas de incentivo ou outros modelos apropriados de parceria com o setor privado.
O presidente executivo do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, também está no evento, e lá ele comentou sobre a adesão de novas tecnologias e sobre esse novo momento da internet. De acordo com ele:
“Alguns anos atrás, considerávamos algumas tecnologias uma ficção científica difícil de implementar, mas hoje tornou-se uma realidade que vivemos por meio de inteligência artificial, nova tecnologia espacial e biologia industrial, que anuncia uma grande mudança que está por vir durante os próximos 10 anos, e exige que os governos sejam ambiciosos em suas decisões”, complementa.
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Thomas Kuruvilla, sócio-gerente da empresa de consultoria que produziu o relatório, diz que o documento “ está sendo lançado em um momento chave, já que a tecnologia disruptiva está finalmente sendo transmutada para o benefício da sociedade, desencadeando investimentos ao longo do caminho para que as trocas dinâmicas durem longo prazo”.