Em uma mensagem publicada em seu site e nas redes sociais, a SAG-AFTRA informou que seus negociadores votaram unanimemente a favor do encerramento da greve na noite de 9 de novembro e que alcançaram o tão aguardado acordo com a Alliance of Motion Picture and Television Producers, o grupo comercial que representa os principais estúdios e produtoras de Hollywood – como Disney, Universal e Warner Bros.
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De acordo com a SAG-AFTRA, o acordo inclui “cláusulas inéditas de consentimento e compensação que protegerão os membros contra as ameaças da inteligência artificial.”
Por que a IA era um ponto tão significativo na greve dos atores?
O uso da inteligência artificial e da digitalização 3D de atores foi um ponto de discórdia nas negociações.
Embora a digitalização 3D de atores exista desde os anos 1980 no cinema, principalmente para criar efeitos especiais, essa prática ganhou destaque à medida que se tornou mais acessível. Alguns atores relataram que estavam sendo digitalizados por apenas um dia de trabalho, e suas imagens eram mantidas pelos estúdios para uso futuro de forma perpétua.
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Com o avanço da inteligência artificial, os atores temiam que suas imagens pudessem ser manipuladas pelos estúdios para uso em filmes além do que haviam concordado, o que os privaria de ganhos adicionais.
Todos os detalhes específicos do acordo permanecem confidenciais. Claramente, os negociadores da SAG-AFTRA chegaram a um compromisso sobre esses pontos que acreditam ser do melhor interesse de seus membros. Poucos termos específicos foram divulgados, e isso foi feito de forma intencional, uma vez que o Conselho Nacional da SAG-AFTRA pretende revisar os termos do “acordo provisório.” O contrato proposto é válido por apenas três anos, o que exigirá que o sindicato retorne à mesa de negociações nesse momento.