A IA faz os estudantes colarem mais? Pesquisa responde

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos quis entender como os jovens estão usando chatbots de inteligência artificial (IA) e se o uso aumentou a frequência de trapaças na escola.

Com o “boom” da inteligência artificial – desde a introdução do ChatGPT no último ano – diversos estudantes têm recorrido aos chatbots para criar redações e realizar atividades escolares.

PUBLICIDADE

Embora os chatbots possam auxiliar os alunos no resumo de textos extensos e na compreensão de assuntos mais desafiadores, por exemplo, o emprego dessas ferramentas tem gerado preocupações entre professores e autoridades educacionais em escala global.

No mês de setembro, a Unesco lançou um relatório contendo diretrizes para o emprego da IA na educação e na pesquisa. Neste documento, é sugerido que os estudantes comecem a utilizar essa tecnologia a partir dos 13 anos de idade e que os professores se familiarizem com os fundamentos da da inteligência artificial.

Contudo, a questão do plágio associado à IA tem gerado preocupações significativas. Nos Estados Unidos, por exemplo, escolas públicas adotaram medidas proibitivas contra o uso do ChatGPT em computadores e redes Wi-Fi.

PUBLICIDADE

Mas qual será o impacto da IA na educação?

Ao contrário do que se pensava e de acordo com uma nova pesquisa da Universidade de Stanford, a popularização dos chatbots de IA não aumentou as taxas gerais de trapaça nas escolas. 

Em inquéritos realizados este ano em mais de 40 escolas secundárias dos EUA, cerca de 60 a 70 por cento dos estudantes afirmaram ter recentemente trapaceado – aproximadamente a mesma percentagem dos anos anteriores, afirmaram investigadores educacionais de Stanford .

A nova pesquisa não esclarece a frequência com que estudantes universitários podem empregar chatbots como robôs trapaceiros. 

PUBLICIDADE

Os resultados da pesquisa sugerem que o ChatGPT, pelo menos por enquanto, não se tornou o fenômeno perturbador nas escolas que os críticos prevêem. Entre os adolescentes que disseram ter ouvido falar do chatbot, a grande maioria – 81% – disse não o ter usado para ajudar nos trabalhos escolares.

Leia também:

Rolar para cima