Inteligência artificial pode detectar sintomas iniciais de demência analisando padrões de fala

Uma nova ferramenta de inteligência artificial visa detectar sinais de demência, Alzheimer e outros distúrbios de memória analisando os padrões de fala e linguagem de uma pessoa. O sistema é chamado CognoSpeak e foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Sheffield, no Reino Unido.

Em testes iniciais que incluíram pacientes com Alzheimer e pessoas cognitivamente saudáveis, a ferramenta mostrou 90% de precisão na identificação de pessoas com demência – o que é tão preciso quanto “testes de caneta e papel”, de acordo com um comunicado de imprensa anunciando a nova ferramenta.

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O paciente se comunica com um “agente virtual” exibido por meio de um navegador da Web em um computador. O agente virtual faz algumas perguntas aos pacientes — semelhantes às usadas para testar as habilidades de memória durante as consultas presenciais — e também pede que descrevam imagens e testem sua fluência verbal. Nesse ponto, a tecnologia de inteligência artificial do CognoSpeak analisa a linguagem e os padrões de fala do paciente para detectar qualquer sinal de alerta cognitivo.

O objetivo do CognoSpeak é permitir um diagnóstico mais rápido, servindo como um “intermediário” entre o clínico geral e o especialista em demência. “Esperar por um possível diagnóstico de demência pode ser um momento de muita ansiedade para os pacientes e suas famílias”, disse o Dr. Dan Blackburn, do Departamento de Neurociência da Universidade de Sheffield. “Esta ferramenta pode ajudar os pacientes a iniciar tratamentos mais cedo, reduzir o tempo de espera e dar certeza às pessoas mais cedo”.

Padrões de fala em geral são muito úteis para identificar comprometimento cognitivo, e alguns dos componentes do CognoSpeak, incluindo descrições de imagens, são frequentemente usados ​​por neuropsicólogos e neurologistas para avaliar e diagnosticar demência.

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