João Gomes e Luiz Gonzaga, em forma de IA, cantaram juntos a música “Eu Tenho a Senha”.
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Segundo o Ifood, que foi responsável pelo festival, a IA reuniu cerca de 100 músicas de Gonzaga para recriar a voz e aplicar na música de João Gomes. Além disso, 40 dias de trabalho foram necessários para produzir as imagens.
A família de Luiz Gonzaga autorizou o projeto
“São João já é uma época emocionante por si só, mas esse foi o mais especial de todos. Poder cantar com meu maior ídolo na minha época favorita do ano, foi de longe uma das maiores realizações da minha vida”, publicou João Gomes em seu Instagram.
Debate sobre ética
Mas, familiares de artistas falecidos têm direito de recriar a imagem deles, usando inteligência artificial, e explorá-las em shows e peças publicitárias? Desde a polêmica provocada por uma peça publicitária com “Elis Regina” , essa pergunta surgiu em debates nas redes sociais e na academia.
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A advogada especializada na área da defesa do consumidor, Maria Inês Dolci, afirma que somente Elis poderia autorizar uso de imagem e voz em comercial da Volkswagen. Em um artigo no jornal Folha de S.Paulo, a especialista argumenta que “do ponto de vista das relações de consumo, Elis não foi nem poderia ter sido consultada sobre seu interesse em participar deste comercial. Logo, o consumidor é induzido a erro, julgando que Elis tivesse relação próxima com aquela marca e modelo de veículo”.
O avanço da inteligência artificial e os diversos usos que ela tem proporcionado no dia a dia devem levantar cada vez mais debates éticos, nesse sentido.
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