As obras foram supostamente pirateadas pelo conjunto de dados Books3, com sede nos Estados Unidos, e usadas para treinar inteligência artificial (IA) generativa para corporações como Meta e Bloomberg.
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A Australian Publishers Association confirmou ao jornal britânico The Guardian que cerca de 18.000 títulos de ficção e não-ficção com ISBNs australianos (padrão numérico criado com o objetivo de fornecer uma espécie de “RG” para os livros) parecem ter sido afetados pela violação de direitos autorais, embora ainda não esteja claro qual proporção deles são australianos.
Uma ferramenta de busca publicada pela plataforma de mídia norte-americana The Atlantic e carregada pelo US Authors Guild revelou os trabalhos de Peter Carey, Helen Garner, Kate Grenville, Anna Funder, Christos Tsiolkas e Thomas Keneally, bem como Flanagan e dezenas de outros autores australianos de destaque foram incluídos no conjunto de dados pirata contendo mais de 180.000 títulos.
A Sociedade Australiana de Autores emitiu, na quinta-feira (28), um comunicado dizendo que estava “horrorizada” ao saber que as obras de escritores australianos estavam sendo usadas para treinar inteligência artificial sem a permissão dos autores.
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After months of concern and speculation, it was horrifying to have confirmed that many Australian authors’ books have been used to train AI without permission. It confirms what we have suspected: that books from pirate sites have been used to train AI.https://t.co/ZKsapzxPpA
— Australian Society of Authors (@asauthors) September 27, 2023
A lei australiana de direitos autorais protege os criadores de conteúdo original contra a extração de dados.
Vale lembrar que, nos Estados Unidos, a OpenAI, criadora do ChatGPT, já está sendo processada por supostas violação de direitos autorais.
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