Pedófilos estão abusando de crianças no metaverso, aponta ONG britânica

A ONG britânica para proteção de crianças e adolescentes de abusos, NSPCC, publicou nesta quarta-feira (22) dados mostrando que pedófilos estão explorando ambientes de realidade virtual para abusar de crianças. Essa é a primeira pesquisa dedicada sobre o tema no país.

De acordo com os dados do NSPCC, as forças policiais do Reino Unido registraram oito casos em que os espaços de realidade virtual foram utilizados para crimes de abuso sexual infantil. 

PUBLICIDADE

Só no município de West Midlands a polícia registrou cinco casos de abuso dentro do metaverso. Outros dois casos aconteceram em Surrey e um em Warwickshire. De acordo com as autoridades, um dos crimes teria acontecido envolvendo o headset de realidade virtual Quest, da Meta.

Para a NSPCC se trata de uma nova dimensão para criminosos explorarem. E caso não haja regulação e fiscalização suficientes, o metaverso pode ser extremamente perigoso para crianças e adolescentes. Isso acontece pelo simples fato de pessoas entrarem nesses ambientes usando seus avatares, logo, dificultando a identificação de quem está do outro lado. A pessoa pode se passar por outra facilmente.

Nos últimos dois anos foram mais de 30 mil crimes envolvendo o compartilhamento de imagens indecentes envolvendo crianças, isso não necessariamente envolvendo ambientes de realidade virtual. 

PUBLICIDADE

Instituição para proteção das crianças faz apelo para que órgãos discutam e criem regulamentações

Por fim, a instituição faz um apelo para as entidades envolvidas para que discutam e criem regulamentações para proteger crianças dentro do ambiente virtual. Além disso, a NSPCC aconselha a Meta que crie sistemas criptográficos para evitar aliciamentos e outros crimes que possam atingir os usuários mais vulneráveis.

O presidente executivo do NSPCC, Sir Peter Wanless, disse que “esses novos números são incrivelmente alarmantes, mas refletem apenas a ponta do iceberg do que as crianças estão experimentando online. Seria indesculpável se daqui a cinco anos ainda estivermos alcançando abusos generalizados que foram autorizados a proliferar nas mídias sociais”.

Leia também:

Rolar para cima