Pigeon, a IA que identifica locais de fotos, levanta debate sobre privacidade
Créditos da imagem: Curto News/BingAI

Pigeon, a IA que identifica locais de fotos, levanta debate sobre privacidade

Alunos da Universidade de Stanford, nos EUA, desenvolveram uma inteligência artificial (IA) capaz de identificar o local onde uma foto foi tirada utilizando o banco de dados do Google Street View. Batizada de Pigeon (Predicting Image Geolocations), a ferramenta teve uma taxa de acerto de 95% nos testes quando indagada sobre o país onde a imagem foi feita.

A Pigeon foi criada por 3 amigos: Michal Skreta, Silas Alberti and Lukas Haas. Eles precisavam apresentar um projeto de tecnologia na Universidade de Stanford e tinham um hobby em comum: gostavam do jogo GeoGuessr, no qual você precisa adivinhar onde ficam cenários no mundo todo. A ideia era treinar um robô para ir bem no game.

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Mas os jovens foram além! Não só criaram a ferramenta como também ela superou jogadores humanos experientes. No desenvolvimento, os estudantes usaram o modelo de rede neural CLIP, da OpenAI, especializada em aprender conceitos visuais a partir de linguagem natural.

Os jovens decidiram não comercializar o projeto. Pelo menos não por enquanto. Escreveram apenas um artigo científico sobre a iniciativa e explicaram: tornar o Pigeon público, hoje, traria mais malefícios do que benefícios.

É verdade que uma ferramenta dessas poderia identificar estradas que precisam de reparo. Ou até mesmo auxiliar biólogos a estudar a fauna e a flora de uma região. Ou um turista descobrir seu próximo destino.

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Do outro lado, porém, a Pigeon poderia colocar vítimas de stalkers em perigo. Governos poderiam usar a IA para espionagem. Ou até mesmo criminosos para monitorar áreas de interesse.

A discussão é válida e não se limita apenas ao Pigeon. A privacidade nas redes e as regras entorno da inteligência artificial são temas urgentes para a sociedade moderna. E os governos e desenvolvedores precisam sempre estar atentos à segurança.

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