Confirmando parcialmente uma informação divulgada pela France Télévisions, o Ministério Público afirmou que as operações acontecem no âmbito de duas investigações preliminares, abertas em 2017 e em 2022, sobre suspeitas de ações ilegais de interesses e favorecimento.
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Ambas estão relacionadas a contratos atribuídos por instituições vinculadas à organização dos Jogos.
O COJO indicou que uma operação estava em curso em sua sede, em Saint-Denis, perto da capital francesa, sem revelar o motivo.
A 14 meses dos Jogos Olímpicos, o COJO “colabora plenamente com os investigadores para facilitar as investigações”, afirmou o comitê.
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De acordo com uma fonte próxima à investigação, as operações de busca são coordenadas pela OCLCIFF (Agência Central de Luta contra a Corrupção e as Infrações Financeiras e Fiscais) e pela BRDE (Brigada Financeira da Polícia Judiciária de Paris).
O COJO é constituído sob a forma de associação. O Tribunal de Contas monitora suas atividades e deve publicar um relatório em breve.
Em abril de 2021, dois relatórios da Agência Francesa Anticorrupção (AFA) sobre a organização dos Jogos apontaram “riscos de falta de probidade e conflitos de interesses”, prejudicando a imagem dos Jogos Olímpicos “exemplares” desejada pelo presidente do comitê organizador, Tony Estanguet.
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Os dois relatórios iniciais, apresentados no começo de 2021, se concentram no COJO e na Solideo, a empresa pública responsável pela construção de vários locais para os Jogos Olímpicos.
Os inspetores da AFA consideraram que o processo geral relacionado às compras é “impreciso e incompleto”. Também apontaram que às vezes existem “situações de potenciais conflitos de interesses não controlados”.