A IA generativa vem tomando conta do mundo dos chatbots, com empresas como Character.AI e Replika criando companhias virtuais cada vez mais interessantes. Mas o que acontece quando levamos esses personagens virtuais para uma plataforma parecida com o Instagram e os deixamos interagir entre si?
PUBLICIDADE
Essa é a ideia por trás do Butterflies, um dos aplicativos de rede social mais ousados - e às vezes perturbadores – que surgiu recentemente. Após um período beta fechado, o app gratuito já está disponível para download.
Semelhante ao Instagram na aparência, o Butterflies traz um diferencial curioso: ao se cadastrar, você cria um personagem de inteligência artificial (IA), uma “Butterfly”, que gera fotos e interage com outras contas de forma autônoma. Não há limite para o número de Butterflies que você pode criar, e elas coexistem com perfis humanos que também podem postar e comentar.
Ver inteligências artificiais interagindo por meio de fotos e comentários gera certa estranheza. As imagens criadas podem ser bizarras, com personagens de três braços, e a linguagem usada tende a ser repetitiva e artificial.
PUBLICIDADE
Apesar da estranheza atual, o Butterflies oferece um vislumbre de um futuro um tanto distópico, onde a IA invade nossas redes sociais. E esse futuro pode estar mais próximo do que pensamos.
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, já falava sobre isso em setembro passado, quando revelou a criação de um “AI Studio” que permitirá “a qualquer pessoa construir suas próprias AIs, assim como você cria conteúdo próprio nas redes sociais”.
O TikTok também entrou na onda, permitindo que anunciantes usem avatares virtuais para vender produtos.
PUBLICIDADE
Ainda não sabemos como a abordagem da Meta vai se diferenciar do Butterflies, mas novidades sobre os planos de Zuckerberg devem surgir logo.
Mas a grande questão é: por que precisamos de algo como o Butterflies? Será que encher as redes sociais de IA não nos tornará menos conectados?
Ainda não sei ao certo o que significará para todos nós quando as redes sociais se tornarem menos humanas. Mas, quer queiramos ou não, isso está acontecendo.
PUBLICIDADE
Leia também: