“Notavelmente, os rostos brancos da IA podem passar de forma convincente como mais reais do que os rostos humanos – e as pessoas não percebem que estão sendo enganadas”, relatam os pesquisadores.
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A equipe, que inclui investigadores da Austrália, do Reino Unido e dos Países Baixos, disse que as suas descobertas têm implicações importantes no mundo real, incluindo no roubo de identidade, com a possibilidade de as pessoas acabarem sendo enganadas por impostores digitais.
No entanto, os pesquisadores afirmaram que os resultados não se aplicam a imagens de pessoas que não são brancas, possivelmente devido ao fato de o algoritmo usado para gerar rostos de IA ter sido predominantemente treinado com imagens de pessoas brancas.
Os pesquisadores alertaram que tal situação pode significar que as percepções de raça acabam por ser confundidas com as percepções de ser “humano”, o que poderia perpetuar preconceitos sociais, incluindo na localização de crianças desaparecidas, uma vez que isso pode depender de rostos gerados pela IA.
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Resultados da pesquisa
Na revista Psychological Science, a equipe de pesquisadores descreveu como foi realizado o experimento.
Nele, cada adulto branco viu metade de uma seleção de 100 rostos brancos gerados pela IA e 100 rostos brancos humanos. A equipe escolheu essa abordagem para evitar possíveis preconceitos.
Os participantes, então, deveriam dizer se cada rosto era gerado por IA ou real e o quão confiantes eles estavam em uma escala de 100 pontos.
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Os resultados de 124 participantes revelam que 66% das imagens de IA foram classificadas como humanas, em comparação com 51% das imagens reais.
White faces generated by AI are more convincing than photos, finds survey https://t.co/JR5P09nsIG
— Guardian Tech (@guardiantech) November 13, 2023
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