A plataforma de mídia social TikTok está demitindo centenas de funcionários de sua força de trabalho global, incluindo um grande número de colaboradores na Malásia, informou a empresa na sexta-feira (11), ao mudar o foco para o uso maior de inteligência artificial (IA) na moderação de conteúdo.
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Duas fontes familiarizadas com o assunto disseram anteriormente à Reuters que mais de 700 empregos foram cortados na Malásia. Posteriormente, o TikTok, de propriedade da chinesa ByteDance, esclareceu que menos de 500 funcionários no país foram afetados.
Os funcionários, a maioria dos quais estava envolvida nas operações de moderação de conteúdo da empresa, foram informados de suas demissões por e-mail na noite de quarta-feira, disseram as fontes, que pediram anonimato por não estarem autorizadas a falar com a mídia.
Em resposta às perguntas da Reuters, o TikTok confirmou as demissões e disse que várias centenas de funcionários seriam impactados globalmente como parte de um plano mais amplo para melhorar suas operações de moderação.
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O TikTok utiliza uma combinação de detecção automatizada e moderadores humanos para revisar o conteúdo postado na plataforma.
De acordo com o site da empresa, a ByteDance tem mais de 110.000 funcionários em mais de 200 cidades no mundo.
A empresa de tecnologia também planeja mais cortes no próximo mês, à medida que busca consolidar algumas de suas operações regionais, disse uma das fontes.
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“Estamos fazendo essas mudanças como parte de nossos esforços contínuos para fortalecer ainda mais nosso modelo operacional global para moderação de conteúdo”, disse um porta-voz do TikTok em um comunicado.
A empresa espera investir US$ 2 bilhões globalmente em confiança e segurança este ano e continuará a melhorar a eficiência, com 80% do conteúdo que viola as diretrizes sendo removido por tecnologias automatizadas, informou o porta-voz.
As demissões foram reportadas pela primeira vez pelo portal de negócios The Malaysian Reserve na quinta-feira.
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Os cortes ocorrem à medida que as empresas globais de tecnologia enfrentam maior pressão regulatória na Malásia, onde o governo pediu que operadores de redes sociais solicitem uma licença de operação até janeiro, como parte de um esforço para combater crimes cibernéticos.
A Malásia relatou um aumento acentuado no conteúdo prejudicial nas redes sociais no início deste ano e instou empresas, incluindo o TikTok, a intensificar o monitoramento em suas plataformas.
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