Cinco fatos sobre o Catar, país organizador da Copa do Mundo
Créditos da imagem: Pixabay

Cinco fatos sobre o Catar, país organizador da Copa do Mundo

A partir de 20 de novembro, o Brasil e o mundo todo estarão de olho no Catar, país sede da próxima Copa do Mundo de Futebol, que vai até 18 de dezembro. Mas pouco se sabe sobre esse riquíssimo país governado por um emir, título da nobreza equivalente a príncipe, que fica na Ásia Continental, na região considerada Península Arábica. Vem com a gente conhecer um pouco mais sobre esse pequeno (mas poderoso) país, que tem como grande aliado os Estados Unidos.

Com dimensões semelhantes às do Estado de Sergipe, o Catar pode ser percorrido de ponta a ponta em cerca de duas horas e meia de carro. Essa pequena península ao sul do Golfo é um dos menores países árabes, com 11.571 km². Segundo dados do Banco Mundial de 2021, tem 2,9 milhões de habitantes, a maioria estrangeiros.

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País pequeno, economia gigante

O Catar é um dos maiores produtores de gás natural liquefeito do mundo e tem um dos PIBs per capita mais altos, de 61 mil dólares em 2021, segundo o Banco Mundial.

Durante mais de três anos, até janeiro de 2021, a economia do Catar foi afetada por um embargo imposto pela Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito – que acusavam o país de apoiar grupos extremistas e se aproximar do Irã xiita, principal rival na região de Riade, capital e principal centro financeiro da Arábia Saudita. Com o fim do embargo, o Catar agora se beneficia da recuperação econômica pós-covid.

O país se destacou no cenário internacional graças a investimentos em diversos campos, a maioria deles realizados por seu fundo soberano, a Qatar Investment Authority, um dos mais importantes do mundo. Sua filial, a Qatar Sports Investments (QSI), é proprietária dos times Paris Saint-Germain e KAS Eupen – este último da primeira divisão do futebol belga. Em 10 de outubro passado, anunciou a compra de 21,67% do clube português Sporting Braga.

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Dinastia Al-Thani

País conservador muçulmano, governado pela família Al-Thani desde meados do século XIX, o Catar recusou-se a se integrar a federação dos Emirados Árabes Unidos em 1971, quando se tornou independente após 55 anos sob autoridade britânica.

Em 2004, entrou em vigor a primeira Constituição, embora a família Al-Thani mantenha a maior parte do poder. Adiadas em várias ocasiões, as primeiras eleições legislativas diretas ocorreram em outubro de 2021, com um censo eleitoral muito restrito. Não foi eleita nenhuma mulher e um terço dos membros do Parlamento continua sendo nomeado diretamente pelo emir.

O emir atual, Tamim ben Hamad Al-Thani, chegou ao trono em 2013, após a abdicação de seu pai, o xeque Hamad ben Khalifa Al-Thani.

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Al Jazeera e beIN Sports

Criada no fim de 1996, a emissora de televisão Al Jazeera, que tem mais de 80 escritórios em todo o mundo e transmite em vários idiomas, foi a caixa de ressonância dos movimentos da Primavera Árabe. Mas seus críticos julgam sua linha editorial muito favorável aos islamitas e a consideram, às vezes, uma ferramenta a serviço da diplomacia do país.

A filial beIN Sports, do grupo audiovisual beIN Media, entrou no mercado internacional depois de começar a transmitir na França em 2012. Especializada em entretenimento, a beIN Media adquiriu em 2016 os estúdios americanos Miramax e o pacote de canais turcos via satélite Digiturk.

Antes da Copa do Mundo de 2022, o país já havia organizado várias competições internacionais: os Jogos Asiáticos em 2006, os Jogos Pan-árabes em 2011, a Copa da Ásia de futebol em 2011, o Mundial de Handebol em 2015 e o Mundial de Atletismo em 2019.

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Direitos humanos

Mas nem tudo é uma maravilha no país de estádios suntuosos que sediará a Copa. As organizações de defesa dos direitos humanos têm feito duras críticas ao Catar pelo tratamento dispensado a seus trabalhadores do setor da construção, vindos da África e da Ásia.

Aliado dos Estados Unidos

No começo de 2022, o presidente americano, Joe Biden, alçou o país à condição de 18º “maior aliado fora da Otan” dos Estados Unidos. O emirado já abriga a maior base militar americana na região.

O país desempenhou um papel de negociador entre os americanos e os talibãs, agora no poder no Afeganistão, e colaborou nas operações de retirada de civis após a queda de Cabul, em agosto de 2021.

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Saiba mais

(Com AFP)

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