Paris, França
O documento, divulgado nesta quarta-feira (14), tem como base pesquisas feitas online pela sociedade YouGov, que ouviu 94 mil pessoas, de 46 países.
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O fato mais notável neste ano é que a maioria dos usuários do TikTok, Snapchat e Instagram (55%, 55% e 52%, respectivamente) disse que confia mais em influenciadores ou celebridades para se informar. Por outro lado, no Facebook e Twitter, redes menos usadas pelos jovens, os jornalistas continuam a ser a principal fonte de notícias.
O autor principal do estudo, Nic Newman, citou à AFP o exemplo do jovem inglês Matt Welland, que, em sua conta no TikTok, com 2,8 milhões de seguidores, aborda temas da atualidade ou do cotidiano.
“Ou pode ser o caso de uma celebridade levantar um tema da atualidade” para promover uma campanha, acrescentou Newman, citando como exemplo o jogador de futebol inglês Marcus Rashford, que organizou em 2020 uma campanha com o objetivo de financiar refeições gratuitas para crianças carentes.
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TikTok ganha espaço
Para a geração TikTok, o termo “notícia” tem um significado mais amplo do que o tradicional. Para estes jovens, notícia “é qualquer novidade que esteja acontecendo em qualquer área da vida: esportes, entretenimento, fofoca, atualidades, cultura, artes, tecnologia, etc.”, explicou o Instituto Reuters no ano passado, em um estudo dedicado especificamente a este tema.
As redes sociais com foco maior em vídeos ganham espaço rapidamente. Embora “continue sendo uma das redes sociais mais utilizadas no mundo, o Facebook perde importância como canal de acesso à informação”, destaca o relatório.
Em 2023, 28% dos entrevistados disseram que se informam via Facebook. Em 2016, eram 42%.
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A rede chinesa TikTok, que faz bastante sucesso na América Latina, Ásia e África, registra o maior crescimento. É usada por 20% dos jovens entre 18 e 24 anos como fonte de informação, 5 pontos percentuais a mais do que em 2022. O aplicativo é acusado por países ocidentais de ser uma ferramenta de espionagem a serviço de Pequim.
Os entrevistados reconheceram que estão mais dependentes das redes sociais. Ao mesmo tempo, têm consciência do risco de desinformação e manifestaram desconfiança em relação aos algoritmos que selecionam o que eles veem nestas plataformas.
O público de notícias usa cada vez mais as plataformas digitais e sociais como intermediárias, antes de procurar um veículo de comunicação, o que pressiona o modelo econômico destas organizações, baseado em publicidade e assinaturas.
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Esta mudança “é muito mais importante” para a indústria da informação do que a digitalização do conteúdo, ressaltou o diretor do Instituto Reuters, Rasmus Kleis Nielsen.