Desde que surgiram especulações de que Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Estados Unidos, visitaria Taiwan durante sua turnê pela Ásia, o governo chinês se opôs à entrada da líder na ilha autogovernada. Pequim controla, em parte, o território taiwanês e, apesar de os EUA reconhecerem formalmente a política de que há somente “Uma China”, o risco de uma separação ou invasão inimiga tem ressuscitado antigas preocupações (BBC). O presidente Xi Jinping deu repetidas declarações assertivas em direção à Pelosi, ameaçando que os EUA “pagaria o preço” caso Pelosi insistisse viajar até a ilha.
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(10.10)
- Nesta segunda-feira (10), a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, reiterou sua vontade de conversar com a China e disse que uma guerra entre a ilha e a Pequim “não é absolutamente uma opção”. Mas, mesmo assim, prometeu aumentar as defesas taiwanesas. (Poder 360)
(19.09)
- Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, declara que o país defenderia Taiwan caso a China o invadisse. A fala respondeu a questionamento da CBS. Sem citar o presidente, a chancelaria chinesa afirmou que “as declarações dos EUA” violam o compromisso de Washington de não apoiar uma independência formal para a ilha taiwanesa, o que segundo a China levaria a uma guerra.
A Casa Branca então disse, em entrevista, que a política do país não mudou. (G1)
(31.08)
- Em novo alerta, Taiwan disse que irá se autodefender caso aviões e navios chineses entrem em seu espaço aéreo ou marítmo. A afirmação do diretor de um alto membro da Defesa de Taiwan veio em reação a uma série de exercícios militares realizados pelas forças chinesas ao redor da ilha. “Quanto mais perto de Taiwan as incursões, mais fortes serão as contramedidas”. Lin Wen-huang prometeu “contra-atacar” caso o Exército Popular de Libertação da China (EPL) ultrapasse os limites náuticos, territoriais ou aéreos, como exercício do “direito de autodefesa” da ilha. (G1)
(30.08)
- A tensão entre China e Taiwan aumentou após uma série de drones terem voado sob as Ilhas Kinmen taiwanesas, localizada a poucos quilômetros da cidade chinesa de Xiamen. Nas redes sociais, um vídeo mostra soldados da ilha tentando repelir os aparelhos com pedras. Autoridades taiwanesas e chinesas trocaram críticas, e a China declarou que o caso não era “digno de alarido”, porque os drones “voavam pelo território chinês” e foi acusada pelo Ministério das Relações Exteriores de Taiwan de estar “espionando” postos militares da ilha como um “ladrão”. (UOL)
(28.08)
- Dois navios de guerra dos Estados Unidos transitam pelo Estreito de Taiwan, sendo a primeira operação da Marinha norte-americana desta natureza desde a visita da líder da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan. (Poder 360º)
(23.08)
- Após a delegação liderada pelo governador americano de Indiana ter chegado à Taiwan no último dia 21, o Ministério das Relações Exteriores da China pediu “o fim de todas as formas de interações oficiais com a região de Taiwan“. A pasta também afirmou que “o lado chinês se opõe firmemente às trocas oficiais dos EUA com a região de Taiwan de qualquer forma e sob qualquer nome”. Esta é a terceira (Newsweek)
(22.08)
- O governador do estado americano de Indiana se reuniu com a presidente de Taiwan, depois de ter embarcado na ilha no último domingo (21) para uma “viagem de desenvolvimento econômico”. Em sua aproximação, o governador republicano Eric Holcombpediu que os “aliados democráticos” se unam no enfrentamento das ameaças militares da China. A viagem aconteceu poucos dias depois de Washington ter anunciado negociações comerciais com a capital taiwanesa, Taipé.
(20.08)
- O Japão considera reforçar seu programa de defesa com a instalação de mais de 1000 mísseis de cruzeiro de longo alcance, em resposta à crescente ameaça vindo da China e à escalada de tensões geopolíticas que envolvem Taiwan e a Ucrânia. Ouça a notícia completa repercutida pela CBN:
(19.08)
- Os presidentes da Rússia, China e dos Estados Unidos irão comparecer no encontro da cúpula do G20 em novembro na Indonésia, segundo o presidente indonês. Volodimir Zelensky, presidente ucraniano, também confirmou presença, ao menos virtualmente. Apesar de diversas nações teres condenado a presença russa no evento, a Indonésia se mantém neutra diante do conflito na Ucrânia, que dura cerca de seis meses.
(18.08)
- Os Estados Unidos anunciaram negociações comerciais bilaterais com Taiwan. A ‘Iniciativa EUA-Taiwan sobre o Comércio do Século 21’ pretende atingir resultados “economicamente significativos” diante da “coerção econômica” chinesa, segundo as duas nações. (Terra)
(17.08)
- Taiwan demonstra força militar aérea para defender a ilha. Após lançamentos de mísseis antinavio, o porta-voz do Ministério da Defesa de Taiwan disse que, embora condenassem as ações da China, esta era uma boa chance para as forças de Taiwan aprimorarem suas habilidades. Os execícios também são uma chance para a força aérea da ilha “testar o treinamento” e aumentar sua “eficácia de combate”, segundo o porta-voz. (MoneyTimes)
(16.08)
- Um alto comandante norte-americano disse que é “muito importante” que sejam dadas “respostas” aos disparos de mísseis que ocorrem ao redor de Taiwan há duas semanas. Ele também afirmou que sabe que o “gorila na sala”, se referindo às forças armadas chinesas, é o responsável pelos ataques. A mídia estatal chinesa Karl Thomas é vice-almirante da Sétima Frota dos Estados Unidos, que fica no Japão e é considerada um elemento essencial da presença norte-americana no Pacífico. (G1)
- Os EUA fizeram o lançamento de um míssil intercontinental. A ação faz parte de um teste balístico que partiu da Califórnia. A Força Aérea norte-americana não informou qual era o alvo do míssil, e disse não se tratar de uma resposta a um evento mundial específico. O teste foi feito duas semanas após o aumento da tensão entre China e EUA ao redor de Taiwan. (Poder 360º)
(15.08) China retoma exercícios militares e Taiwan vive onda de desinformação
- A China anunciou que “organizou uma patrulha conjunta de prontidão de combate e exercícios” militares no espaço aéreo e marítimo ao redor de Taiwan, após duas semanas da visita de Nancy Pelosi, líder norte-americana, no território.
- Taiwan vive uma onda de desinformação com o objetivo de minar as credenciais democráticas do território e promover a versão de Pequim. 270 afirmações “falsas” foram identificadas na internet pela pasta de Defesa de Taiwan. Uma delas dizia que a China iria recuperar “a soberania” sobre Taiwan no dia 15 de agosto. A maior parte da desinformação levanta a ideia de que a ilha deve “render-se” à China, segundo Charles Yeh, diretor de redação do portal taiwanês MyGoPen.
(14.08) Delegação com senador e deputados dos EUA chega à Taiwan
- Chega à Taiwan uma delegação de 5 membros do Congresso dos Estados Unidos. A visita não estava anunciada, e ocorre dois dias depois das maiores manobras militares já realizadas pelas Forças chinesas na região.
(12.08) Indonésia realiza exercícios militares com os EUA
- Os Estados Unidos irão fortalecer o comércio com Taiwan e fazer novas travessias aéreas e marítimas pelo Estreito de Taiwan, como uma resposta às ações “provocativas” do governo chinês. A Casa Branca informou que irá divulgar um “plano de rota ambicioso” para as trocas comerciais nos próximos dias.
- Pelo menos 4 mil soldados da Indonésia, dos Estados Unidos e seus aliados participaram exercícios de tiro, o chamado “Super Garuda Shield” na região da Indonésia. As operações são uma forma de prevenção de conflito, de acordo com um general norte-americano.
- O Dia Internacional do Orgulho LGBT 2025 em Taiwan foi cancelado após promotores internacionais pedirem a retirada da ilha do nome do evento. O nome sugerido como alternativa era Dia Internacional do Orgulho Kaohsiung, cidada em que serão realizadas as atividades. O governo taiwanes lamentou a interferência política da InterPride, organização internacional que trabalha com os direitos da população LGBT.
(08.08) Rebastecimento e repúdio
O Comando Oriental chinês afirmou que fará novas atividades com foco em operações de assalto marítimo em Taiwan. A manutenção dos exercícios militares foi repudiada pelo Ministério de Relações Internacionais da ilha autogovernada. Para a pasta, a decisão da China em ocupar os céus e mares – como resposta à visita de Pelosi – só alimenta a crise na região.
Nesta segunda-feira (08), Taiwan recebeu a visita do primeiro-ministro do país caribenho São Vicente e Granadinas. A premier taiwanesa elogiou o político por sua coragem. Ela se disse “profundamente” tocada pois “os exercícios militares chineses não o impediram de visitar amigos”.
(07.08) Simulação de ataque
No quarto dia de ações militares por parte da China, 66 aviões da Força Aérea chinesa e 14 navios de guerra foram detectados pelo Ministério da Defesa de Taiwan. A ilha autogovernada acusou a China de realizar exercícios de simulação de ataque. As atividades foram vistas do território taiwanês e também ao redor do Estreito de Taiwan, que separa a ilha da China Continental. Também no domingo (7), um comentarista da televisão estatal da China afirmou que o exército do país manteria exercícios “regulares” bem perto de Taiwan.
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(06.08) Ataque cardíaco
No sábado (6), o líder de produção de mísseis de Taiwan faleceu, aos 57 anos, após ter um ataque cardíaco. Ou Yang tinha histórico de doença do coração e trabalhava junto a outros funcionários para dobrar a capacidade anual de produção de mísseis na ilha asiática, junto ao Instituto Nacional de Tecnologia do Ministério da Defesa de Taiwan.
(05.08) Austrália e Tóquio se posicionam
No segundo dia de exercícios militares, navios e aviões de guerra cruzaram a linha mediana do Estreito de Taiwan, que separa a ilha da porção continental. O comunicado foi feito pelo Ministério da Defesa de Taiwan. Nesta sexta-feira (05), Nancy Pelosi respondeu às investidas chinesas e disse que seu país “não permitirá” que a China isole Taiwan (Estadão). A presidente da Câmara americana está na capital do Japão, que pede a “cessão imediata dos exercícios militares chineses” e é parceiro comercial número um da China. Também na sexta-feira, Pequim suspendeu canais de diálogo com a capital dos EUA.
O ministro da defesa da Austrália, Andrew Hastie, foi questionado sobre como o país agiria no caso de uma invasão à Taiwan. A “era do país de sorte acabou”, disse, explicando que para se proteger também é preciso proteger o “amigos”. Ele não descartou a possibilidade de visitar Taiwan em meio às atuais tensões.
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(04.08) Intensificação militar
Na quinta-feira (04), o exército chinês disparou mísseis de longo alcance com munições reais ao redor de Taiwan, como parte da retaliação e demonstração de força após o tensionamento diplomático com os EUA. O ministro da Defesa condenou a postura da China: “ações irracionais que minam a paz regional”. (UOL)
Estas e outras ações militares em Taiwan executadas como resposta às “graves provocações alguns políticos americanos e dos independentistas taiwaneses” devem continuar, segundo a Hua Chunying, porta-voz da diplomacia chinesa. Segundo o ministro da Defesa do Japão, foram lançado cinco mísseis balísticos nas águas japonesas na quinta-feira. Fumio Kishida, primeiro-ministro japonês, considerou “um problema grave” os exercícios militares próximos à Taiwan, pois ameaçam a paz e segurança da região.
(03.08) Reação Chinesa
Na quarta-feira (03), a China avisou que organizaria exercícios militares em seis pontos próximos à ilha, em represália à visita de Pelosi, que deixou Taiwan no mesmo dia pela noite em direção à Coréia do Sul.
A líder americana declarou que mantinha “firme” compromisso com a democracia de Taiwan e outros locais. Segundo autoridades taiwanesas, 27 aviões militares invadiram a sua área de defesa aérea na quarta-feira. A ilha entrou em alerta e passou a negociar rotas aéreas alternativas com as Filipinas e o Japão, pois acusa da China de ter criado um bloqueio aeronaval (G1).
Quando drones chineses chegaram à área de Kinmen, o exército taiwanês ” disparou sinalizadores para afugentá-los. (…) Reagiremos se eles entrarem”, explicou o major Zone-sung. (Reuters). Pequim disse que vê como uma “completa farsa” o discurso de defesa da democracia exaltado por Nancy, que foi a primeira líder do governo americano a visitar a ilha em 25 anos.
(02.08) – Pelosi chega à Taiwan
Pelosi foi desaconselhada por funcionários do governo americano e pelo presidente Joe Biden, mas não foi impedida de fazer a viagem. Segundo ela, a passagem pelo controverso território considerado uma “província rebelde” pela China partiu de “vontade própria”. A ilha autônoma de Taiwan é controlada pelas forças do governo chinês, e a visita da autoridade americana foi vista como um estímulo ao movimento pró-independência taiwanesa e uma ameaça à sua segurança e soberania nacional. Nancy Pelosi tem um longo histórico de oposição ao governo chinês com base em Pequim. (G1)