Setembro Amarelo: por que precisamos falar sobre suicídio?

Setembro é o mês da maior campanha sobre saúde mental e prevenção ao suicídio, problema que hoje causa mais mortes que os homicídios, o HIV, o câncer de mama, a malária e guerras, segundo a Organização Mundial de Saúde. Iniciada no Brasil em 2015, a campanha tem a missão de mostrar que o suicídio é uma grave questão de saúde pública, além de quebrar o tabu que persiste sobre o tema e orientar sobre a importância de se buscar ajuda qualificada em situações de sofrimento psíquico.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma pessoa tira a própria vida no mundo. No Brasil, a taxa é de 38 suicídios por dia, somando, em um ano, cerca de 14 mil mortes.

Entre jovens de 15 a 29 anos de idade, o suicídio é a 4ª maior causa de óbitos. Segundo dados do Ministério da Saúde, houve um aumento de 43% no número anual de mortes entre 2010 e 2019 (veja no quadro abaixo).

No último dia 10 de setembro ocorreu o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, data criada a partir da campanha e presente no calendário oficial da OMS. A importância do acolhimento e não julgamento das pessoas que estão em sofrimento psíquico é reforçada pela organização no Setembro Amarelo. Pelas redes sociais e em seu site, a campanha compartilha informações sobre comportamentos de risco, recursos de apoio e medidas que protegem a saúde mental:

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Educação sobre Saúde Mental

Estima-se que praticamente 100% dos suicídios são resultados de transtornos mentais que não foram diagnosticados, tratados, ou foram incorretamente cuidados. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), que desde 2015 promove a campanha no Brasil em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Centro de Valorização da Vida (CVV).

As entidades orientam a população sobre como lidar com o momento posterior às tentativas de suicídio: a chamada posvenção. De acordo com a CFM, estas pessoas têm 5 a 6 vezes mais chance de tentar o ato novamente.

Peça ajuda 💛

  • Centro de Valorização da Vida: O CVV atende, de maneira voluntária e gratuita, pelo telefone 188, e-mail e chat 24h. A equipe é formada por profissionais e leigos. Acesso ao portal: http://cvv.org.br
  • Mapa Saúde Mental: Site que mapeia diversos tipos de atendimento: www.mapasaudemental.com.br

Curto Curadoria

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