Três mortes de indígenas são registradas no Maranhão e na Bahia

• MARANHÃO:

Janildo Oliveira Guajajara foi assassinado com tiros nas costas, em Amarante do Maranhão. Jael Carlos Miranda Guajajara morreu após ser atropelado no município de Arame.

Janildo já fez parte dos “Guardiões da Floresta” – grupo organizado de vigilantes indígenas que procuram madeireiros ilegais e outros invasores, e os denunciam às autoridades.

Ainda não há confirmação de que as mortes têm relação com o conflito com os madeireiros – que desmatam a TI Arariboia de forma ilegal – mas essa é uma das hipóteses consideradas na investigação, já que a região vive sob tensão há bastante tempo. (G1)

• BAHIA:

Gustavo Silva da Conceição, de 14 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça após um ataque de supostos pistoleiros ao grupo Pataxó da Aldeia Alegria Nova – que ocupa uma fazenda de eucalipto situada na TI Comexatiba, na cidade de Prado.

A Aldeia Alegria está em processo de retomada pacífica de áreas que fazem parte do território demarcado pela Funai (Fundação Nacional do Índio) e que teve o RCID (Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação da Terra Indígena) publicado ainda em 2015. (UOL)

Em um áudio, que circula das redes sociais, pistoleiros ameaçam atacar novamente os Pataxós.

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Ane Alencar, diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), denuncia o descumprimento da lei e a ocupação de terras públicas de maneira indiscriminada, além do descontrole governamental para conter as quadrilhas que atuam na região. “É preciso haver um choque de comando nessas áreas para mostrar que o governo federal e os governos estaduais têm controle do território.”

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