🌾 Microplásticos na agricultura contaminam o solo e ameaçam saúde humana
A 29ª edição do Foresight Brief do PNUMA (*) destaca como os plásticos usados amplamente na agricultura estão contaminando o solo e potencialmente ameaçando a segurança alimentar. Os microplásticos também estão impactando a saúde humana quando transferidos para as pessoas através da cadeia alimentar.
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Saúde do solo, biodiversidade e produtividade
O setor agrícola usa o plástico de forma extensiva como revestimento para fertilizantes, pesticidas e sementes ou camadas de cobertura, onde microplásticos são adicionados de forma intencional.
Com o passar do tempo, os macroplásticos se decompõem e seus fragmentos com menos de 5 milímetros de comprimento penetram no solo. A presença nesse meio pode alterar a estrutura física da Terra e limitar a retenção da água.
Cadeias de valor
A situação pode afetar as plantas, ao reduzir o crescimento das raízes e a absorção de nutrientes. Os aditivos químicos em plásticos que penetram no solo também podem impactar as cadeias de valor dos alimentos e ter implicações na saúde humana.
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Mesmo tendo sido banidos em alguns países, os microplásticos continuam a entrar no sistema hídrico por vários outros meios: filtros de cigarro, componentes de pneus e fibras sintéticas de roupas.
Plástico é barato e fácil
Os especialistas dizem que o plástico é barato e fácil de trabalhar, o que dificulta a tentativa de introduzir alternativas. O apelo aos governos é que desencorajem o uso de plásticos na agricultura, tal como acontece na União Europeia desde o início de 2022.
De acordo com o estudo do PNUMA (*), ainda são necessárias mais pesquisas para desenvolver produtos que incluiriam tecidos alternativos que não deixem escapar microplásticos ao solo.
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🌱 “Agro verde” não é uma realidade no Brasil, diz estudo
Algumas empresas do setor produtivo rural dizem ser ”agro verde” por adotar hábitos sustentáveis e ter como foco o combate à crise climática, mas um estudo – realizado pela organização não governamental FASE em parceria com o Observatório do Agronegócio do Brasil – revelou que o agro apenas se articula para parecer sustentável.
No relatório, os pesquisadores responsáveis quebram os argumentos usados pelas empresas, que tem pouco ou nenhum controle sobre as cadeias de fornecimento. O estudo chamado de “O Agro não é verde: como o agronegócio se articula para parecer sustentável” é a primeira de uma série de publicações que visa traçar o raio-x do agronegócio no Brasil.
A publicação desmente a falsa premissa de que o agro brasileiro é o mais sustentável do mundo, analisando a recorrência de termos relacionados ao discurso de ambientalização e a incidência das principais organizações do agronegócio brasileiro no debate climático.
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No documento também é respondido pelos pesquisadores: “o que é o discurso verde do agronegócio” e “quem opera o lobby verde do agro”. Confira!
👖 Renner lança coleção usando técnica de upcycling
A Renner lançou a coleção Re Jeans, produzida com a técnica de upcycling: feita a partir do reaproveitamento de peças em desuso ou amostras de tecido.
No Brasil, a prática é novidade no varejo de moda. A varejista está cada vez mais engajada na causa e fez uma parceria com a design uruguaia Agustina Comas, que é referência em upcycling.
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A Renner afirma que 100% das peças em jeans já possuem algum atributo de sustentabilidade. A nova coleção tem 17 peças femininas, com shorts, calça, jaqueta, saia, minissaia e vestido. As peças da Re Jeans estão sendo vendidas pelo e-commerce e nas lojas circulares, localizadas no Rio de Janeiro.
As peças da marca que recebem o selo Re são sustentáveis, o símbolo significa: Moda Responsável.
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