O custo global do açúcar subiu para o seu nível mais elevado desde 2011, na sequência de preocupações com as taxas de subprodução na Índia, que sofreu um período de seca extrema que ameaçou as colheitas, e na Tailândia, que enfrenta uma seca severa. Os dois países são os maiores exportadores de açúcar, depois do Brasil.
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O aumento das temperaturas globais – espera-se que 2023 seja confirmado como o ano mais quente alguma vez registado – está alimentando secas e outras condições meteorológicas extremas que afetam a produção de alimentos, incluindo a do açúcar. O aumento de preços já começou a se refletir em chocolates, doces e outras sobremesas.
Os consumidores norte-americanos viram os preços do açúcar e dos doces subirem 8,9% em 2023 e espera-se um aumento de 5,6% este ano, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA, o que está bem acima das médias históricas.
Em novembro, a Mondelēz, uma empresa em expansão que inclui Cadbury, Oreos e Toblerone entre as suas marcas, alertou sobre aumentos de preços dos seus produtos.
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Estudos demonstraram que o aquecimento global prejudicará seriamente a capacidade de países como a China cultivarem arroz nos volumes atuais, enquanto os investigadores descobriram que a produção global de milho poderá cair 24% até 2030. As mudanças na temperatura e nos padrões de precipitação poderão, entretanto, ajudar alguns outras culturas, como o trigo – que prosperam em locais como a Rússia e o Canadá – onde atualmente é muito frio para crescer.
No geral, a inflação alimentar mundial poderá atingir os 3% ao ano até 2030 devido à crise climática se não for realizado um grande trabalho de adaptação, afirmou um documento de trabalho do Banco Central Europeu no ano passado.
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