O papel das novas tecnologias
A meta de descarbonizar a indústria marítima global leva em conta que o setor é responsável por 3% das emissões globais de gases de efeito estufa, sendo que as emissões aumentaram 20% em apenas uma década.
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Segundo a diretora de tecnologia e logística da Unctad, Shamika Sirimanne, são necessárias “ações globais ousadas para descarbonizar o comércio marítimo.” De acordo com ela, “investir em digitalização e tecnologia melhorará a previsibilidade e a confiabilidade do transporte”.
Sirimanne mencionou também que a aplicação de tecnologias como inteligência artificial, aprendizado de máquina, blockchain e internet das coisas resultará em otimização do monitoramento e manutenção preditiva.
Desafios para criar frotas verdes
A Unctad ressalta a importância da colaboração em todo o sistema, das intervenções regulatórias rápidas e dos investimentos robustos em tecnologias e frotas verdes. Hoje, quase 99% da frota global depende de combustíveis convencionais.
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A agência relata que serão necessários investimentos de US$ 28 bilhões a US$ 90 bilhões anuais para desenvolver infraestrutura para combustíveis 100% neutros em carbono até 2050.
A descarbonização total poderia elevar as despesas anuais de combustível entre 70% e 100%, potencialmente afetando os pequenos Estados insulares em desenvolvimento e países menos desenvolvidos que dependem fortemente do transporte marítimo.
Quadro regulatório universal
Nesse sentido, Sirimanne afirmou que incentivos econômicos, como taxas ou contribuições pagas em relação às emissões do transporte marítimo, “podem promover a competitividade dos combustíveis alternativos e reduzir a diferença de custos com os combustíveis pesados convencionais.”
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Para garantir uma transição equitativa, a Unctad pede por um quadro regulatório universal, aplicável a todos os navios, independentemente das suas bandeiras de registro, propriedade ou áreas operacionais.
(Com ONU News)
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